
Europeus incluindo suíços querem reforma na OMC
Depois do fracasso da conferência da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Seattle (EUA), surgem propostas de mudança no estatututo da OMC, em Genebra
O primeiro ministro francês Lionel Jospin propõe uma nova conferência ministerial da OMC no segundo semestre, quando a França vai presidir a União Européia. Ao final da conferência em Seattle (Estado de Washington), o Comissário europeu do Comércio Pascal Lamy falou de “procedimentos medievais” da organização para justificiar a dificuldade em conciliar transparência e eficiência em uma negociação entre os 135 países membros da OMC.
Na OMC vale a regra do consenso, que exige mais tempo, mas garante maior adesão às decisões.
Daí surge a idéia de uma espécie de “conselho de segurança do comércio”, com um pequeno número de países que representassem os demais. Fontes da OMC, em Genebra, consideram que essa idéia “não está madura”.
Outra proposta em gestação é uma espécie de Parlamento da OMC, que daria uma representação maior da opinião pública nas negociações. O diretor geral da OMC, Mike Moore, gosta da idéia, que também foi sugerida ao governo suíço pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
Fontes da OMC consideram essa proposta mais representativa da sociedade civil do que as ONGS, também muito presentes em Seattle. É uma questão complicada porque, como as demais agências da ONU, a OMC é uma organização inter-estatal e os Estados não querem, em princípio, que as ONGS participem diretamente das negociações.

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