Genebra perde fortuna de Safra
Edmond Safra considerava Genebra como sua segunda cidade natal, depois de Beirute. Ele morava na cidade desde 1956 mas havia mudado oficialmente para Mônaco dois meses atrás. O estado de Genebra vai perder uma fortuna em direito sucessório após sua morte.
Safra dizia que admirava Genebra porque a cidade parecia com ele: estável, discreta e prudente. Em entrevista à revista econômia suíça “Bilan”, dois anos atrás, Safra afirmou que econtrara em Genebra, “valores que sua família lhe havia inculcado, de geração em geração”.
Foi em Genebra que ele começou a construir sua fortuna, ao fundar, em 1956, Financeira Sudafin, transformada em Banco de Desenvolvimento Comercial, em 1960. Também foi em Genebra que ele fundou, em 1988, o “Republic National Bank of New York”, agora vendido ao inglês HSBC.
Apesar da discreção, Safra era conhecido como mecenas generoso em Genebra. Foi co-fundador e mantenedor do Museu de arte moderna e contemporânea (MMCO), doava 400 mil dólares todo ano à escola judaica da cidade, pagou a restauração da sinagoga mais antiga de Genebra e que tem o nome de seu pai, doou mais de 1 milhão de dólares para pesquisas no hospital universitario de Genebra e outro milhão ao Comitê Internacional da Cruz Vemelha (CIRC).
Com a morte de Safra, a cidade perde um mecenas mas a região também perde um grande contribuinte. Existe em vários países europeus o chamado imposto sucessório, arrecadado quando grandes fortunas são repartidas entre herdeiros. Dois meses antes de sua morte, Safra havia transferido sua residência ofiial de Genebra para Mônaco. o estado de Genebra perde, portanto, esse imposto que corresponderia, segundo estimativas de especialistas, ao tripo do déficite do estado.
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