Indústria têxtil continua em crise
O clima de euforia com a retomada do crescimento econômico não é uniforme. A indústria têxtil continua em pleno marasmo e o faturamento caiu 2,7 p/cento no ano passado. A solução é a especialização e adotar as mesmas condições comerciais da União Européia
No ano passado, o faturamento global do setor têxtil suíço recuou de 2,7 p/cento, totalizando US 2,7 bilhões. Recentemente o setor teve 3 anos de crescimento mas, no ano passado, a crise voltou. As exportações, que correspondem a 80 p/cento das vendas, cairam 3,9 p/cento.
A causa principal é a queda das vendas em países da União Européia, principalmente Alemanha, Itália, França e Áustria, principais compradores de têxteis e confecções suíças. As vendas melhoraram nos países do leste europeu mas não compensaram as perdas.
Também há explicações estruturais como o excesso da produção mundial, a transferência de empresas para países com salários menores e a importação de produtos mais baratos, principalmente da China.
Mesmo dentro do setor, há diferenças no ritmo de atividade. A produção de fios e tecidos é a mais atingida enquanto as confecções são rentáveis. Dez anos atrás, a situação era inversa.
Os produtores suíços afirmam que estão sendo discriminados na União Européia e reclamam condições comerciais similares. Essa situação poderá ser remediada quando entrarem em vigor os acordos bilaterais assinados entre a Suíça e a UE.
Enquanto isso, o nível de emprego do setor têxtil também vai caindo. As 400 empresas do ramo empregam atualmente 26 mil pessoas, duas vezes menos que dez anos atrás.
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