Megafusão desperta apetite de Novartis

A fusão de dois grandes da indústria farmacêutica Pfizer/Warner-Lambert deve despertar apetite de Novartis num setor em que a luta por parcelas do mercado nesse setor tem provocado redistribuição de cartas, deixando o Grupo suíço para trás.

A fusão de dois grandes da indústria farmacêutica Pfizer/Warner-Lambert deve despertar apetite de Novartis num setor em que a luta pelo mercado tem provocado distribuição de cartas, deixando o Grupo suíço para trás.

Novartis resultou da fusão de Sandoz e Ciba-Geigy, em 1996. Na época esse novo grupo da área químico-farmacêutica, sediado em Basiléia, se tornava o segundo do mundo. (O primeiro era o britânico, Glaxo Welcome). Menos de 4 anos depois – em 17 de janeiro – depois do fortalecimento do líder no setor (através da megafusão, na Grã-Bretanha, de Glaxo Welcome com SmithKline-Beecham), Novartis já não passava de sexto grupo mais importante do planeta. E agora a nova distribuição de cartas: Pfizer compra Warner-Lambert por 90 milhões de dólares e vira o n° 2…

Nessa “guerra” por parcelas do lucrativo mercado de medicamentos, insumos agrícolas, cosméticos etc., especula-se bastante sobre uma aproximação entre Roche e Novartis, dois grupos que concentram suas atividades no setor farmacêutico. E como dizia recentemente um analista do Banco Pictet & Cie, nesse setor “todo o mundo dorme com todo o mundo”. Podem então surgir namoros, alianças e casamentos. Um casamento entre Novartis e Roche teria a vantagem de reunir empresas de um mesmo país, de uma mesma cultura, facilitando o entendimento.

Mas observadores assinalam que Novartis está namorando mesmo é American Home Products depois do “flirt” fracassado deste grupo americano com Lambert (comprado por Pfizer). A aparente tentativa de Novartis de entrar na Bolsa de Wall Street é considerada “medida que lhe deva facilitar tais operações de compra, com o fim de reforçar sua posição no atraente mercado americano”. (gb)