O medo da integração

Parlamento suíço começa debate sobre acordos bilaterais relativos a maior participação do país na União Européia. Dois pontos suscitam maior controvérsia: livre circulação de pessoas e transporte de mercadorias por caminhão.

O Parlamento suíço debate desde hoje um pacote de 7 acordos bilaterais relativos a maior participação do país na União Européia. O pacote que deve ser aprovado pelo Parlamento suíço e por cada um dos países da União implica maior abertura da Europa dos 15 à Suíça nos mais diferentes setores, incluindo eduçação e pesquisa. A maior controvérsia diz respeito à livre circulação de pessoas e transporte de mercadorias por caminhão. Partidos e diferentes grupos de interesse acenam com a ameaça de referendo popular.
Em relação à livre circulação das pessoas, que pode resultar em afluência de mais trabalhadores ao mercado suíço, os sindicatos, por exemplo, receiam um achatamento salarial. Os ecologistas querem maior garantia sobre transporte de caminhões por trens para reduzir a poluição no transporte de mercadorias. E a direita estima que os acordos são “uma traição dos interesses nacionais”. Assim o debate dos acordos bilaterais desperta receio em referendo de que o povo possa recusar esses acordos bilaterais indissociáveis, geralmente considerados indispensáveis para tirar a Suíça de certo isolamento na Europa. Esses acordos devem também preparar caminho para uma adesão do país à União Européia.