Países ricos devem abrir mercados
Na primeira entrevista coletiva depois da posse, o novo diretor da Organização Mundial do Comércio (OMC), Mike Moore, mostrou-se um ferrenho defensor dos países pobres. Ele também quer a adesão rápida da China, negociada há 12 anos.
O neozelandês Mike Moore, 50 anos, acredita que “todos podem ganhar” com a liberalização do comércio e lançou um apelo para que os países ricos resistam às tentações protecionista e mantenham abertos seus mercados aos produtos dos países em desenvolvimento. Sem essa abertura, questiona, “quais teriam sido as conseqüências políticas, econômicas e sociais das últimas crises na Ásia, Rússia e América Latina?”
O primeiro diretor não-europeu da OMC quer fazer uma reforma interna na Organização, para melhor considerar a realidade e a necessidade dos membros e promete aumentar a assistência técnica aos países com poucos recursos.
Outro desejo do novo diretor é a adesão da China. As negociações começaram há 12 anos e foram interrompidas recentemente, depois do bombardeio da embaixada chinesa em Belgrado.
Resta saber se Moore saberá convencer os países ricos a renunciarem aos seus interesses imediatos em benefício da estratégia de desenvolvimento mais equilibrado que ele defende.
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