Suíços voltam otimistas com Brasil
Cinco dias bastaram ao ministro da Economia Pascal Couchepin e aos empresários que o acompanharam para terem uma visão positiva do Brasil. Em Brasília, São Paulo e Curitiba, só se falou do Brasil grande, empreendedor e das oportunidades de negócios.
O tom da viagem da delegação suíça ao Brasil foi resumido no último dia pelo bem-humorado governador do Paraná, Jaime Lerner. “Eu sei que vocês ouviram em cada lugar por onde passaram que alí era o centro do mundo mas o centro do mundo é o Paraná”, disse ele, provocando gargalhadas na delegação suíça.
Pouco antes, para um grupo seleto de jornalistas, Lerner mostrara resultados de sua gestão comparando o que ocorre em Brasília como um jogo de tênis em que Congresso e governo ignoram o público.
Como as empresas suíças investem 6 bilhões de dólares por ano no Brasil e empregam mais de 80 mil pessoas, todo mundo quer falar com elas. Fernando Henrique Cardoso, Marco Maciel, Pedro Malan, Celso Lafer, Arminio Fraga e a Conferência Nacional da Indústria, em Brasília.
Governo do estado e Fiesp em S.Paulo, governo do estado e Federação das Indústris no Paraná, com hinos, honras militares e uma recepção folclórica surpreendente em Curitiba.
A impressão geral dos empresários é que o Brasil tem grande capacidade de superar crises, impressão reforçada pelos diretores de multinacionais suíças implantadas há muito tempo no Brasil.
Alexandre Jetzer, diretor da Novartis (líder mundial no setor químico-farmacêutico), diz que seus executivos no Brasil estão entre os melhores do grupo “porque é preciso ser administrador e um pouco artista”. Isso assusta um pouco as empresas de porte menor que ainda não entraram no país, mas o interesse vem aumentando, segundo Hans Jöhr, presidente da Câmara de Comércio Suíço-Brasileira.
Resultado concreto não houve nem era esse o objetivo da viagem ao Brasil. Na opinião de vários empresários da delegação, o importante é conhecer as pessoas e saber com quem falar, quando for necessário.
No último pronunciamento público que fez no Brasil, o ministro Pascal Couchepin disse que “nem todos deixarão o velho continente”, mas que “muitos, certamente, vão se instalar no Brasil”.
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