Suíça e Brasil precisam um do outro
O Brasil é o primeiro mercado para a Suíça na América Latina e porta de entrada no Mercosul. Mas os suíços também investem muito no setor produtivo e criam empregos no Brasil. Por enquanto, a balança comercial é muito favorável à Suíça.
A Suíça quer intensificar suas relações com o Brasil a nível de governo mas também entre os atores econômicos. Em Brasília, o ministro Pascal Couchepin vai tratar principalmente de três assuntos com o presidente Fernando Henrique e os ministros da área econômica:
– relançar as discussões para um futuro tratado de dupla imposição e impedir que empresas instaladas nos dois países tenham que pagar imposto em ambos;
– discutir o lançamento de um futuro centro de promoção de tecnologias que respeitem o meio ambiente, tema também muito sensível na Suíça;
– e falar da próxima rodada de negociações comerciais da OMC, que começa em novembro nos USA e que serão fundamentais para a economia mundial.
Em São Paulo e em Curitiba, o assunto será negócios com vários encontros com e entre empresários, a começar pela Fiesp.
O comércio entre os dois países vem crescendo e totalizou quase 1,7 bilhão de dólares no ano passado, com saldo de US 828 milhões favoráveis à Suíça. É que o Brasil importa produtos de grande valor agregado (químicos, máquinas, remédios, relógios etc.) e exporta principalmente produtos agrícolas.
Nos próximos anos a balança comercial do Brasil com a Suíça vai melhorar depois que a Crossair, segunda maior companhia aérea suíça, encomendou 85 aviões a Embraer (contrato de 4,9 bilhões de dólares) com opção para a compra de outros 120 aparelhos.
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