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Swiss reduz frota e corta pessoal

Swiss reage às pressões das companhias baratas. Keystone

A companhia aérea vai reduzir novamente sua frota européia e demitir mil funcionários. O plano é economizar 300 milhões de francos suíços até 2007.

A direção da Swiss justifica sua decisão pela concorrência das companhias «low cost» e a queda do faturamento nas linhas européias.

Em menos de três anos de existência, companhia aérea Swiss anunciou terça-feira (18.01) seu quarto plano de redução da frota e corte de pessoal. Desta vez, o plano é economizar 300 milhões de francos suíços até 2007.

Para isso, ela reduz a frota européia de pelo menos 13 aviões e despede mil dos 8.100 funcionários que tem atualmente. A direção pressiona os sindicatos para negociar salários mais baixos e estes acusam a direção de não ter uma visão estratégica para a companhia.

Os 13 aviões a serem retirados da frota operam nas linhas regionais de 50 a 100 lugares fabricados pela Embraer e pela Saab, precisa o porta-voz da Swiss Jean-Claude Donzel.

O aeroporto mais afetado pela reestruturação é o de Basiléia mas a Swiss avisa que manterá as linhas em parceria com outras companhias. A direção não explica como outras companhias poderão se interessar por linhas que ela suprime justamente por serem deficitárias.

Zurique-Kloten sai reforçado

O aeroporto de Genebra será menos atingido, segundo a direção de Swiss. No entanto, a companhia vai se concentrar mais ainda em Zurique, onde pretende multiplicar a parceria de códigos de vôo com outras empresas.

Ela afirma ainda que dará preferência a aeronaves maiores, para oferecer mais conforto a custos inferiores.

Swiss anunciou também o fechamento de uma filial francesa – Europa Continental Airways (ECA). Essa empresa emprega 42 pessoas e opera do aeroporto de Basiléia para Berlim, Hamburgo e Madri.

Medidas urgentes

As demissões anunciadas terça-feira serão efetivadas até meados de 2006. Segundo Swiss, elas tornaram-se obrigatórias devido a baixa do faturamento na Europa, a conjuntura desvavorável e pressão das companhias “low-cost”

“Devido as previsões atuais, Swiss não poderia ter lucros em 2005 se não tomasse essas medidas”, afirma a companhia em comunicado à imprensa.

Para aumentar sua produtividade, a empresa quer iniciar rapidamente as negociações com os sindicatos para uma nova convenção coletiva de trabalho (CCT).

Os sindicatos falam em manobra para responsabilizar os funcionários devido a falta de uma estratégia clara da direção de Swiss.

Visão tradicional

Fundamentalmente, Swiss diz que quer preservar sua identidade de uma “companhia que opera a partir de Zurique para a Europa e o mundo inteiro”. Precisa ainda que vai se desenvolver “numa perspectiva de alto nível”.

Na primeira reação oficial sobre mais essa reestruturação, o ministro das Finanças, Hans-Rudolf Merz, qualificou-a de “dolorosas mas justas”.

Na Bolsa de Zurique, as ações, cuja cotação estavam suspensas até o meio-dia de hoje, subiram 7%.

swissinfo com agências

– Quando foi criada em abril de 2002, Swiss tinha 133 aviões e 12 mil funcionários.

– Atualmente tem 80 aviões e 8.100 funcionários. O plano anunciado terça-feira reduz mais 13 aviões e corta mil funcionários.

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