Trabalhadores agrícolas são os mais explorados
Os assalariados da agricultura têm os piores salários e condições de trabalho na Suíça. A constatação é de uma grande central sindical após estudo em 6 estados. O sindicato reivindica uma convenção coletiva única para o setor em todo o país.
O estudo sobre os salários e condições de trabalho na agricultura foi encomendado pelo SIB, Sindicato da indústria e construção. Sabia-se das péssimas condições de trabalho dos assalariados do setor mas agora há dados concretos.
A grande maioria dos operários da agricultura têm o estatuto de sazonal, ou seja, são autorizados a trabalhar apenas durante alguns meses e depois têm de deixar o país por um período. Em geral, são italianos, espanhóis, ex-yugoslavos e portugueses. Estudantes dos países do leste europeu também são muito numerosos.
Os estudantes trabalham durante 4 meses por um salário bruto de 1.200 dólares, o que é muito pouco na Suíça. Desse bruto ainda são descontados 600 dólares de alojamento e comida.
Para os assalariados “normais”, o salário bruto médio é de US 1.680 mas os descontos são maiores e o líquido geralmente não passa de US 1.200.
Pior ainda são as condições de trabalho: jornada de 11 hs no verão e de 10 hs no inverno com um dia de folga por semana e 4 semanas de férias. São condições legais na Suíça.
Com a entrada em vigor progressiva dos acordos bilaterais da Suíça com a União Européia, o estatuto de trabalhador sazonal será abolido, pelo menos para os cidadãos da União Européia.
Com esses acordos, o SIB espera que as condições de trabalho melhorem mas, como as leis são estaduais, o sindicato reinvindica um convenção coletiva nacional para os trabalhadores da agricultura.
Certificação JTI para a SWI swissinfo.ch
Mostrar mais: Certificação JTI para a SWI swissinfo.ch
Veja aqui uma visão geral dos debates em curso com os nossos jornalistas. Junte-se a nós!
Se quiser iniciar uma conversa sobre um tema abordado neste artigo ou se quiser comunicar erros factuais, envie-nos um e-mail para portuguese@swissinfo.ch.