Indústria de tecnologia médica suíça já sofre pelo fracasso de acordo com a UE
As empresas suíças de tecnologia médica tiveram que parar algumas exportações para a União Européia. Elas estão entre as primeiras vítimas da decisão do governo suíço, no mês passado, de encerrar as conversações com a UE sobre um acordo-quadro.
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Keystone-SDA/NZZamS/ts
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Swiss medtech feels first effects of failed talks with EU
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O choque veio em 3 de junho. “Nosso parceiro e agente, que é responsável pelos aspectos legais de nossos produtos na UE, me informou que não seria mais permitido importar uma grande parte da nossa linha de produtos”, disse Rudolf Eggen, chefe da MPS Precimed em Biel, ao jornal NZZ am SonntagLink externo.
Os produtos em questão são brocas ósseas de alta precisão e fresadoras utilizadas na implantação de articulações artificiais.
Uma semana antes, o governo suíço, citando “diferenças substanciais”, encerrou unilateralmente sete anos de esforços entre a Suíça e a UE para elaborar um tratado abrangente para substituir os mais de 120 acordos bilaterais que regulamentaram as relações durante as últimas décadas.
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Alegando “diferenças substanciais”, o governo suíço decidiu interromper as negociações para um acordo-quadro com a União Europeia.
Da noite pro dia, Eggen, que emprega 45 funcionários, perdeu cerca de um terço de seus negócios, no valor de vários milhões de francos.
O problema é que Bruxelas retirou a validade de todos os certificados existentes emitidos pelo organismo suíço de certificação SQS com efeito imediato. Assim, os produtos médicos certificados pelo SQS sob a antiga lei não podem mais ser vendidos no mercado da UE – mesmo que tenham sido utilizados durante anos. De acordo com o NZZ am Sonntag, cerca de 65 empresas foram afetadas.
“A subsistência dessas empresas está ameaçada”, disse Daniel Delfosse da associação industrial Swiss MedtechLink externo.
Antes da pandemia de Covid-19, os fabricantes de tecnologia médica eram responsáveis por 5% das exportações totais da Suíça em 2019, com exportações no valor de CHF 12 bilhões (US$ 13,3 bilhões). Destas, 46% foram para a UE.
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