O Conselho Federal (gabinete de sete ministros que governa o país) se recusava a congelar os ativos de indivíduos e empresas russas em bancos nacionais. Mas o governo decidiu hoje que tal postura não é mais compatível com a preservação de neutralidade do país frente ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Ignazio Cassis, ministro das Relações Exteriores e atual presidente da Confederação Suíça condenou as atividades hostis das forças militares russas como um “ataque à soberania, liberdade, democracia e à população e instituições de um país livre”, e completou: “Apoiar um país agressor não é se manter neutro”.
O país irá bloquear hoje os bens de 363 indivíduos e quatro empresas. Dentre os atingidos: o presidente russo Valdimir Putin, o primeiro-ministro Mikhail Mishustin e o ministro russos das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
Também na segunda-feira, a Suíça seguiu o exemplo de outros países europeus ao fechar seu espaço aéreo aos vôos originários da Rússia.
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A Suíça enfrentou pressões, tanto internas quanto externas, para seguir outros países na imposição de sanções à Rússia. Na semana passada o governo já havia imposto restrições de viagem a determinados cidadãos russos e proibiu os bancos suíços de se envolverem em qualquer negócio financeiro futuro com essas pessoas e empresas russas.
“A proibição de importações, exportações e investimentos relativos à Crimea e Sevastopol, em vigor desde 2014, foi estendida às regiões ucranianas de Donetsk e Luhansk, que não estão mais sob o controle do governo ucraniano”, publicou o governo em um comunicado.
O ministro suíço das Finanças, Ueli Maurer, minimizou os laços entre os centros financeiros suíços e russos, que descreveu como “muito pequenos”. Acrescentou que a Suíça apoiaria uma decisão internacional de cortar os bancos russos da rede de pagamentos Swift, fundamental para transações de valores ao redor do mundo.
Segundo dados do Banco Central da Suíça, cidadãos russos detinham quase 10,4 bilhões de francos (US$ 11,24 bilhões) em contas na Suíça em 2020.
Viola Amherd, ministra suíça da Defesa, declarou que a Suíça está preparada a uma possível retaliação por parte da Rússia. “Provavelmente no fornecimento de energia, no fluxos de refugiados e possíveis ciberataques”, declarou.
O governo suíço prometeu enviar 25 toneladas de suprimentos de ajuda humanitária para a fronteira ucraniano-polonesa. Pelo menos 150 mil ucranianos buscaram refúgio na Polônia e em outros países vizinhos desde o início da ofensiva russa, informou a ONU.
Na Suíça, falta moradia e os aluguéis disparam. A imigração cresce, mas a construção não acompanha. Gentrificação avança e a crise habitacional se agrava. Acontece o mesmo onde você vive?
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