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Supercomputador suíço terceiro mais rápido do mundo

the Swiss supercomputer piz daint
O supercomputador Piz Daint está instalado em Lugano e é usado em projetos de processamento de dados de todo o país. Keystone

O supercomputador suíço "Piz Daint", com sede em Lugano, foi nomeado como o terceiro mais poderoso computador do mundo atrás de dois pioneiros chineses.

Os resultados, anunciados na Conferência Internacional de Supercomputação em Frankfurt foram divulgados apenas duas semanas depois do Piz Daint – batizado com o nome da montanha perto da fronteira italiana – ter criado em Zurique uma das maiores simulações do universo conhecido.

Operado pelo Centro Nacional Suíço de Supercomputação (CSCS) em Lugano, o computador já era o mais rápido da Europa desde 2013.

No entanto, uma atualização no final do ano passado – financiada pelo Instituto Federal Suíço de Tecnologia em Zurique (ETH Zurich) no valor de CHF 40 milhões – triplicou a sua velocidade e catapultou o computador para o topo dos mais potentes do mundo, com uma velocidade teórica superior de 25.3 petaflops.

Os principais pontos foram para as máquinas chinesas “Sunway TaihuLight” (93 petaflops) e “Tianhe-2” (33.9 petaflops). Os Estados Unidos caíram dos três primeiros lugares, o que foi um pouco surpreendente, mas pode ser explicado por uma série de atualizações a serem realizadas em máquinas americanas no final deste ano.

900 anos em um dia

Em entrevista para swissinfo.ch, Maria Grazia Giuffreda, química computacional do CSCS, disse que a equipe ficou satisfeita com o reconhecimento, mas que não estava se deixando levar.

“Nós oferecemos uma ferramenta para nossos cientistas”, disse, referindo-se ao fato de que o computador é usado principalmente por cientistas de todo o país, principalmente da ETH Zurich. “O mais importante é que queremos ter uma ciência excepcional”.

O supercomputador, inicialmente financiado pelo governo suíço, possui várias funções. Além da simulação recente do universo – que ajudará a pesquisar a matéria escura – o Piz Daint também processou uma década de dados de umidade para criar modelos para prever futuros padrões de tempestade.

Os supercomputadores também estão em demanda entre cientistas da vida, que usam o alto poder de processamento de dados para recriar os ambientes em que se reproduzem doenças como o Alzheimer e a Dengue.

Tudo isso com um volume monumental, embora seja difícil de explicar para os leigos. Para contextualizar a potência absoluta de uma máquina de mais de 20 petaflops, Giuffreda compara isso com um laptop padrão: “o que o Piz Daint pode processar em um dia, um laptop levaria 900 anos”.

Nova corrida espacial

Quanto à supremacia dos computadores chineses no momento, Giuffreda considera que “tudo é possível com recursos ilimitados”. A posse dos computadores mais poderosos do mundo também é uma questão de prestígio, diz: “A China está fazendo isso apenas para ser a primeira no top 500”.

Os EUA, lar dos supercomputadores e o principal rival dos chineses na nova corrida mundial, caíram das três primeiras posições neste ano. Mas isso não deve durar. De acordo com Giuffreda, várias atualizações estão sendo planejadas em alguns dos computadores mais potentes dos Estados Unidos, principalmente o “Titan” e o “Sequoia”.


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