Suíça que ativar paz no Oriente Médio
Lançada em Berna a idéia de nova conferência humanitária sobre a proteção de civis no Oriente Médio, por ocasião de visita de um alto responsável palestino. O chanceler suíço criticou a utilização desproporcional da força por Israel e indicou que busca mais apoio para realizar a conferência
Em visita a Berna, a capital suíça, na segunda-feira, 21 de maio, o ministro palestino da Cooperação Internacional, Nabil Chaath, conclamou o ministro suíço das Relações Exteriores, Joseph Deiss, a organizar o mais rápido possível uma conferência internacional sobre a proteção das populações civis em caso de conflito.
Com a proposta, Nabil Chaath se dirigia à Suíça como depositária das Convenções de Genebra, que são a base do direito humanitário internacional. (A proteção de civis é regida pela 4a. Convenção).
A Suíça estima porém que o momento não é oportuno. E, como escreve o jornal "Le Temps", de Genebra, o Ministério suíço das Relações Exteriores quer ter certeza de "uma participação geográfica equilibrada" na conferência.
Há mais de 6 meses que a diplomacia suíça estuda essa possibilidade, e acaba de chegar à conclusão de que 75 países endossam o encontro. Cinco são contra, entre eles "dois pesos pesados" - Estados Unidos e Canadá. Por isso, o ministro Joseph Deiss reitera que a projetada conferência deva "apoiar" a paz e não "entravá-la".
Um outro obstáculo é que Israel não admite que a 4a. Convenção se aplique aos territórios palestinos.
Resta que no momento, a prioridade da diplomacia internacional é um plano de paz lançado pela Jordânia e Egito e o relatório do ex-senador norte-americano George Mitchell, presidente de uma comissão internacional sobre o Oriente Médio. Mitchell fez apelo no início da semana a que israelenses e palestinos ponham fim "imediatamente e sem condições à violência".
Swissinfo com agências.

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