Imagem da Suíça está abalada

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Para a maioria dos grandes jornais suíços, a prisão preventiva do embaixador Friedrich é um golpe duro na imagem do país. Abala também a prática do segredo bancário.

Outros países vão aproveitar

Os editoriais dos jornais suíços opinam que o caso do embaixador suspeito de lavagem de dinheiro é grave e acontece em momento delicado. O Neue Luzerner Zeitung, por exemplo, afirma que “nossos embaixadores são vitrines personalizadas da Suíça e a perda da imagem tem fundamento.

“O Der Bund, de Berna, afirma que o caso do embaixador mina um pouco mais a posição da Suíça na defesa do segredo bancário nas negociações com a União Européia. « Desde ontem, é ainda mais difícil resistir às enormes pressões de Bruxelas », afirma o jornal.

Outro diário da capital suíça, o Berner Zeitung escreve que “isso dá mais força aos que querem acabar com uma das últimas vacas sagradas do país, o segredo bancário.”

Para o diário econômico Agefi, de Lausanne, “não há dúvida que alguns países vão aproveitar da situação para atacar o segredo bancário.”

Período difícil

Vários analistas constatam que a diplomacia suíça atravessa uma época difícil. Começou com a demissão do embaixador em Berna, envolvido em escândalo pela imprensa popular e que agora revela-se ter sido falso.

Depois houve a colisão dos aviões na fronteira com a Alemanha e agora a prisão preventiva do embaixador acusado de lavagem de dinheiro. Na gestão desses casos, o Ministério das Relações Exteriores é acusado de má gestão.

O Le Matin, de Lausanne, afirma que « é um desperdicio a mais que demonstra, mais uma vez, que nossa diplomacia tem dificuldade em administrar crises e não aprendeu nada dos erros do passado.

Em editorial, a rádio suíça de língua francesa (RSR) afirmou que o ministro das Relações Exteriores, Joseph Deiss, pode pode falar da presunção de inocência do embaixador mas a verdade que a pausa do verão começou mal”.

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