ONG suíça excluida da ONU

Solidariedade Cristã Internacional é uma organização não-governamental sediada Zürique e especializada na compra e liberação de escravos no sul do Sudão. Ele perdeu o estatuto de consultora da ONU por violação da Carta das Nações Unidas.

As regras da ONU estipulam que o estatuto de consultatativo de uma ONG pode ser retirado se ela age de maneira contrária aos princípios contidos na Carta das Nações Unidas. No caso, a Solidariedade Cristã Internacional (CSI) era acusada não respeitar o regulamento durante a última sessão da Comissão dos Direitos Humanos, em março, ao permitir que o chefe da resistência do sul do Sudão, John Garang, falasse no plenário em seu próprio nome a convite da ONG.
A CSI, sediada em Zürique, é especializada em comprar e libertar escravos no sul do Sudão. Ela afirma já conseguido a libertação de 15.447 pessoas, na maioria mulheres e crianças de confissão cristã e animista. Essas pessoas são raptadas no sul do Sudão e transformadas em escravas pelas tribos muçulmanas do norte do país.
A CSI afirma que paga a essas tribos 50 dólares por pessoa para libertá-las mas essa prática vem sendo criticada por outras organizações como o UNICEF – Fundo das Nações Unidas pela Infância – por considerar que o trabalho da CSI reforça ainda mais o tráfico de escravos ao invés de combater a causa que é a guerra civil no Sudão.
A exclusão da CSI foi votada em Nova York, por iniciativa do Sudão. 26 países votaram a favor da exclusão, 14 foram contra e 12 se abstiveram.

Claudinê Gonçalves