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Equador extraditará militar argentino procurado por crimes contra humanidade

(Arquivo) Pessoas participam de manifestação organizada pela ONG Avós da Praça de Maio pelas vítimas da ditadura militar argentina, em Buenos Aires, no dia 9 de janeiro de 2016 afp_tickers

O Equador extraditará um coronel argentino inativo procurado pela Interpol por crimes de lesão à humanidade cometidos durante a ditadura da Argentina (1976-1983), informou o ministro do Interior nesta sexta-feira.

O militar identificado como Horacio E. foi capturado na noite de quinta-feira na província de Guayas (sudoeste) e será transferido para Quito, onde “se realizarão os trâmites legais com autoridades argentinas para coordenar esta deportação”, indicou o Ministério em um boletim.

“Uma vez repatriado, deverá enfrentar o processo judicial correspondente”, acrescentou.

Horacio E. “tinha alerta de difusão vermelho por delitos de lesa à humanidade cometidos durante a ditadura militar” argentina e havia entrado no Equador em dezembro de 2013, onde vivia com sua família, segundo o departamento.

A Promotoria apontou em sua conta do Twitter que, junto com a polícia, realiza “as operações para a localização e captura de Horacio E. desde janeiro de 2016”.

Segundo organismos humanitários, cerca de 30 mil pessoas desapareceram durante a ditadura da Argentina. Outras foram executadas ou exiladas.

Os julgamentos de responsáveis por torturas e desaparecimentos na ditadura foram retomados em 2006. São mais de 660 condenados por crimes contra a humanidade.

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