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Neto retorna a Chapecó

Médicos embarcam Neto no avião com destino ao Brasil, na cidade colombiana de Rionegro afp_tickers

O zagueiro Hélio Neto, último sobrevivente brasileiro do voo do Chapecoense que permanecia na Colômbia, retornou nesta quinta-feira para o Brasil, após receber autorização da clínica onde estava internado, em Medellín.

Neto, 31 anos, foi recebido com bandeiras e camisas verdes, aos gritos de “o campeão voltou”, na porta do hospital de Chapecó onde continuará sua recuperação.

“Neto é um lutador, esperou oito horas para ser resgatado, ficou muito mal por alguns dias, realmente muito mal, mas agora estamos no Brasil com ele consciente”, disse o médico da Chapecoense Edson Stakonski.

“Se vai voltar a jogar futebol?! As chances existem, mas só o tempo dirá”.

Antes de embarcar para o Brasil, Neto publicou um vídeo nas redes sociais agradecendo aos socorristas e médicos colombianos. “Que Deus abençoe a todos e que sigam fazendo este trabalho maravilhoso para os que necessitam, como eu necessitei”.

Neto, que durante dias esteve em estado crítico, foi o último dos seis sobreviventes da tragédia a ser resgatado dos escombros, após a aeronave que transportava a delegação da Chapecoense cair na região montanhosa de Medellin – cidade colombiana onde a equipe disputaria a final da Copa Sul-Americana – matando 71 pessoas.

Neto partiu do aeroporto de Rionegro, perto de Medellin, e fez uma escala em Manaus antes de chegar a Chapecó.

Na terça-feira, o lateral Alan Ruschel e o jornalista Rafael Henzel chegaram ao Brasil e, segundo Rodríguez, estão “evoluindo bem”.

O goleiro Jackson Follman, que sofreu uma amputação na perna direita, foi levado na segunda-feira a São Paulo, onde se recupera de uma cirurgia na coluna cervical, explicou.

A comissária boliviana Ximena Suárez, a única sobrevivente que permanece na Colômbia, receberá alta nesta sexta-feira, “recuperada da maioria de suas lesões”, informou a Clínica Somer de Rionegro.

A viagem de Ximena para a Bolívia deve ocorrer no próximo domingo “por razões de disponibilidade de voos para a cidade de Santa Cruz de la Sierra”, segundo um funcionário da embaixada boliviana em Bogotá.

A colina onde caiu o avião da Lamia será chamada agora de Chapecoense, em homenagem a equipe dizimada pelo acidente.

“O prefeito de La Unión apresentou à Câmara a proposta para mudar o nome de Cerro Gordo, onde caiu o avião, para Cerro Chapecoense, o que foi aprovado”, informou nesta quinta-feira Luis Pérez, governador do departamento de Antioquia, onde ocorreu o acidente.

“Isto é um início de união entre Brasil e Colômbia e vai se tornar um local histórico”, acrescentou Pérez, que pretende colocar “uma obra de arte” para que “as pessoas venham recordar estes grandes heróis” do futebol.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

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