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África enfrenta onda de Covid mais severa com menos restrições

(Fevereiro) Enfermeira tem a temperatura medida antes de se vacinar contra a Covid na África do Sul afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 25. março 2021 - 00:35
(AFP)

A maioria dos países africanos decretou menos medidas para conter a segunda onda de Covid-19, apesar do aumento de cerca de 30% no número de casos, segundo um dos poucos estudos sobre o impacto da pandemia naquele continente.

Entre fevereiro e dezembro de 2020, foram registrados 2,8 milhões de casos nos 55 países da União Africana, 3% do total mundial, e 65.602 mortos, calcula o estudo, publicado nesta quinta-feira na revista britânica "The Lancet". A reação rápida e coordenada dos países africanos para combater a pandemia "provavelmente limitou a gravidade da primeira onda", estimam os pesquisadores, que trabalham para o Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças, o Ministério da Saúde do Marrocos e o Instituto Sul-Africano de Doenças Infecciosas.

A posterior flexibilização e o fraco cumprimento pela população das medidas de prevenção, muitas vezes por necessidade econômica, "contribuíram, no entanto, para o impacto maior observado na segunda onda", analisam os autores. O número de casos diários no fim de dezembro, quando dois terços dos países do continente enfrentavam ou haviam enfrentado a segunda onda, subiu para 23.790, 30% a mais do que no pico da primeira onda, em julho de 2020, quando foram contabilizados 18.273 casos diários.

Embora o continente tenha sido globalmente menos afetado do que o restante do mundo, a taxa de incidência é comparável à média mundial em alguns países, como Cabo Verde, África do Sul, Líbia e Marrocos, aponta o estudo. Três quartos dos mortos foram registrados em cinco países (África do Sul, Egito, Marrocos, Tunísia e Argélia).

Os países africanos, onde, no melhor dos casos, está começando a campanha de vacinação, "devem enfrentar novas ondas da doença", alertam os pesquisadores. Segundo a OMS, apenas 0,1% das doses administradas no mundo foram aplicadas em países de baixa renda, enquanto os de alta renda (16% da população mundial) concentram mais da metade (56%). Nesse contexto, o estudo mostra a "necessidade de continuar acompanhando e analisando a situação sanitária no continente, aumentar a capacidade de diagnóstico e redobrar os esforços para que a população respeite as medidas de saúde pública.

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