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‘Dólar negro’ tem alta desenfreada na Venezuela

As novas notas de bolívares emitidas pelo Banco Central da Venezuela exibidas em 7 de dezembro de 2016 em Caracas afp_tickers

O “dólar negro” na Venezuela superou, nesta quinta-feira, os 20 mil bolívares por unidade, o que representa uma desvalorização de 95% da moeda em um ano.

A divisa americana estava cotada a 20.192,95 bolívares no site DolarToday, principal referência do mercado paralelo, ante os 1.024,93 de 7 de setembro de 2016.

A depreciação do bolívar se acelerou no começo de maio, em meio a protestos opositores contra o presidente Nicolás Maduro, que deixaram cerca de 125 mortos entre abril e julho passado.

Após superar a barreira dos 10 mil bolívares no fim de julho, o dólar paralelo começou uma disparada veloz, e especialistas não conseguem estipular onde ele vai parar.

A alta da cotação é constante, apesar de o governo – que monopoliza, desde 2003, o acesso a divisas com controle férreo do câmbio – ter lançado em junho um novo sistema de aplicação, com a promessa de derrotar o que ele chama de “dólar criminal”.

Analistas atribuem a alta do “dólar negro” a uma oferta insuficiente por parte do Banco Central, devido a receitas menores com a venda do petróleo, responsável por 96% das divisas da Venezuela.

O governo, contudo, atribui a elevação a uma “guerra econômica” da oposição e de empresários apoiados pelos Estados Unidos para tirá-lo do poder.

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