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‘Malvinas, não Falkland’: Argentina pede à Opas na OEA que corrija ‘toponímia incorreta’

Jarbas Barbosa, sub-diretor da Organização Pan-americana de Saúde (Opas), na sede da Opas em Washington, DC, em 6 de março de 2020. afp_tickers

A Argentina pediu nesta quarta-feira à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) que corrija o que chamou de erro em sua denominação do arquipélago do Atlântico Sul cuja soberania disputa com o Reino Unido e que os argentinos chamam de Malvinas e os britânicos, de Falkland.

Durante sessão virtual do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), a representante argentina no órgão, Cecilia Villagra, manifestou a discordância de sua missão com a forma como estava nomeado o território insular em um relatório feito pelo subdiretor da Opas, Jarbas Barbosa. Segundo ela, a colocação de Barbosa sobre a situação da pandemia na região atribuía àquele território “uma toponímia incorreta, que a Argentina não reconhece e que, inclusive, não é própria das declarações sobre a questão das Ilhas Malvinas adotada anualmente pela Assembleia Geral da OEA”. A presidente do Conselho Permanente, María del Carmen Roquebert, embaixadora do Panamá, tomou nota da reclamação.

Ao responder a perguntas após a sua apresentação, Barbosa comentou o assunto, explicando que, neste caso, a Opas segue a recomendação da ONU, que, quando cita as ilhas, esclarece que “existe uma disputa entre os governos da Argentina e do Reino Unido sobre a soberania das Malvinas/Falkland”. O subdiretor assinalou que esse também é o padrão adotado pela OMS, da qual a Opas é o escritório regional. “Infelizmente, essa nota não ficou visível, mas isso não significa uma opinião nossa sobre a disputa”, enfatizou.

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