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Alemanha eufórica com o quarto título mundial

Torcedores alemães comemoram em Berlim o quarto título mundial do país, após a vitória de 1-0 sobre a Argentina na final disputada no Maracanã afp_tickers

A Alemanha acordou eufórica nesta segunda-feira, após uma noite de muita comemoração pelo quarto título mundial conquistado pela “Mannschaft”, com uma vitória de 1-0 sobre a Argentina na final disputada no Maracanã.

A imprensa é só elogios para a equipe, em particular para Mario Götze, autor do gol do título.

O jornal Bild, o mais lido da Europa, tem como manchete “Louvado seja Götze”, em uma brincadeira com a proximidade fonética do sobrenome do jogador com a palavra “Gott”, deus em alemão.

Em Berlim, mais de 250.000 pessoas explodiram de alegria diante do Portão de Brandemburgo com o gol de Götze, de apenas 22 anos, no segundo tempo da prorrogação e ao fim da partida.

Este é o primeiro título mundial da Alemanha desde a reunificação do país, em outubro de 1990.

A seleção retorna para casa na terça-feira e mais de 400.000 pessoas devem receber os jogadores no Portão de Brandemburgo, símbolo da Alemanha reunificada.

A final teve audiência de 34,65 milhões de telespectadores, um recorde histórico na Alemanha.

A partida foi transmitida pelo canal público ARD e superou o recorde anterior, de 32,57 milhões de telespectadores, registrado na semifinal em que a Alemanha humilhou o Brasil por 7-1.

Imprensa eufórica

“1954. 1974. 1990. 2014! Alemanha é campeã do mundo”, anuncia a edição digital da revista Der Spiegel.

“1-0! Campeões do mundo!”, afirma o jornal Bild, com uma foto de Mario Götze.

“São os maiores”, completa o jornal, com outra foto de toda a equipe, de página dupla, em uma edição considerada histórica.

“Louvado seja Götze”, completa.

“Obrigado Jogi (Löw)! Obrigado garotos! Vocês nos tornaram infinitamente felizes”, afirma o Bild.

O jornal não poupa elogios ao técnico da seleção.

“Nos inclinamos diante do técnico Jogi (diminutivo de Joachim) Löw. Este título é sua obra-prima. Concentrado, conduziu a equipe durante o torneio. Permanece tranquilo depois das grandes vitórias. Mantém a calma após as partidas difíceis”.

Mais sóbrio, o jornal Tagesspiegel publica uma foto do troféu em sua capa. O Berliner Zeitung afirma apenas “Campeões do mundo” e o Die Welt diz “É verdade!”, com as cores do país.

O Frankfurter Allgemeine Zeitung elogia o autor do gol do título com “Götze, o libertador” e lembra que “pela primeira vez uma equipe europeia ganha um Mundial nas Américas”.

“No conjunto do torneio, o título da Alemanha é amplamente merecido”, completa.

O jornal elogia ainda aquela que é “talvez a melhor geração de jogadores da história do futebol alemão”.

“Guerra em Israel? Guerra na Ucrânia? Acusação de espionagem? Para muitos, tudo isto não tem nenhuma importância. Para a maioria das pessoas, o futebol é um estimulante emocional longe do raciocínio diário”, afirma o jornal regional Neue Osnabrücker Zeitung.

Götze, o herói

Toda Copa do Mundo tem seu herói e o no Mundial do Brasil o nome dele foi Mario Götze. O jogador do Bayern de Munique chegou à competição na expectativa de ser o grande articulador de jogadas da equipe, mas com atuações decepcionantes na primeira fase perdeu a vaga de titulo nas oitavas de final.

Com a final no Maracanã, Götze mostrou que era o que os ingleses chamam de “super-sub”, um “super-reserva”. O jogador entrou em campo aos 43 minutos do segundo tempo e no aos sete minutos do segundo tempo da prorrogação fez o gol do título da “Mannschaft”, depois de matar a bola no peito e dar um belo chute de cruzado de esquerda.

Depois de pouco mais de sete minutos de partida, a Alemanha enfim comemorou o quarto título mundial, 24 anos depois da vitória na Itália-1990.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

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