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Argentina faz o primeiro pagamento ao Clube de Paris

Na reunião com empresário americanos, o ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, traçou um panorama das perspectivas para a economia de seu país, em particular da inclusão social e da recomposição da indústria. afp_tickers

A Argentina cumpriu nesta segunda-feira o primeiro pagamento de 642 milhões de dólares ao Clube de Paris, pelo acordo alcançado em maio passado com a instituição e em meio ao confronto com os fundos especulativos que obtiveram vitória na justiça dos Estados Unidos.

O Ministério da Economia divulgou um comunicado para anunciar que a Argentina “realizou o pagamento equivalente a 642 milhões de dólares correspondentes ao pagamento inicial pela dívida com os países credores que integram o Clube de Paris”.

A dívida total com o Clube de Paris alcança os 9,69 bilhões de dólares incluindo juros, segundo um informe publicado na página do ministério na internet.

Esse montante inclui 4,955 bilhões de dólares de capital, 1,102 bilhão de juros e 3,633 bilhões de juros de mora.

O passivo corresponde a obrigações com 16 países em oito moedas diferentes, motivo pelo qual o governo ressaltou que a dívida medida em dólares “não constitui uma soma fixa no tempo”.

Segundo os termos do acordo, a Argentina deve pagar um mínimo de 1,15 bilhão de dólares antes de 2015 e o pagamento seguinte não será exigido até maio de 2016.

O governo da presidente Cristina Kirchner está a 48 horas do vencimento do prazo de carência para que os credores que aceitaram a reestruturação da dívida de 2005 e 2010 cobrem o pagamento de aproximadamente 500 milhões de dólares, bloqueados em um banco de Nova York por ordem do juiz federal Thomas Griesa.

A decisão da justiça americana estabelece que a Argentina deve chegar a um acordo para pagar 1,33 bilhão de dólares aos fundos especulativos que litigaram na justiça em Nova York antes de cumprir suas obrigações com os credores da dívida renegociada.

A Argentina deve chegar a um acordo com os fundos litigantes antes da meia-noite de quarta-feira, sob risco de cair em nova moratória, após a declarada em 2001 por 81 bilhões de dólares -cerca de 100 bilhões com os juros-, a maior da historia.

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