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Argentina pede que vacinas contra a covid-19 sejam ‘um bem público global’

Foto divulgada pela presidência argentina do presidente argentino Alberto Fernandez recebendo a vacina Sputnik V contra COVID-19 no Hospital Posadas nos arredores de Buenos Aires em 21 de janeiro de 2021 afp_tickers

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, defendeu nesta quinta-feira (28) que as vacinas contra a covid-19 sejam “um bem público global”, destacando as desigualdades que a pandemia tem acentuado no mundo, durante discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos.

“A pandemia nos mostrou, mais uma vez, que para enfrentar os grandes desafios globais devemos cooperar entre os setores público e privado, e que a vacina deve ser considerada um bem público global”, disse o presidente de centro-esquerda durante sua apresentação no fórum, que este ano foi realizado virtualmente por causa da crise de saúde.

Essa posição foi compartilhada pela chanceler alemã, Angela Merkel, durante seu discurso na terça-feira no mesmo fórum econômico.

O presidente pediu uma distribuição “justa” de vacinas no planeta, em um momento em que a competição entre os países aumenta devido ao fornecimento de doses ainda ser insuficiente.

Para Fernández, a covid-19 “foi capaz de demolir estruturas econômicas e expor a desigualdade que se vive”. “O que está acontecendo com as vacinas é uma prova disso”, afirmou ele.

O otimismo que reinava em novembro, quando as vacinas contra a covid-19 se tornaram realidade, desapareceu com a novas restrições, a disseminação de variantes do coronavírus e atrasos na entrega do imunizante.

Nesta quinta-feira, chegou à Argentina um carregamento da Rússia com 220 mil doses da vacina Sputnik V, menos do que era esperado.

Com este terceiro lote, a Argentina já recebeu 820 mil doses dos 19,4 milhões que a Rússia prometeu entregar até o final de fevereiro. O acordo contempla a possibilidade de compra de mais cinco milhões.

Além do contrato com o laboratório russo Gamaleya, a Argentina tem acordos de fornecimento com a Universidade de Oxford associada à farmacêutica AstraZeneca, e com o mecanismo Covax da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Argentina, com 44 milhões de habitantes, registrou quase 1,9 milhão de casos de covid-19, com mais de 47 mil mortes.

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