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Argentina reduz de 10 para 7 dias o isolamento por covid para vacinados

Laboratório da Sinergium Biotech que produzirá vacinas de RNAm contra a covid-19 para a América Latina, em Garin, província de Buenos Aires na Argentina afp_tickers

A Argentina reduzirá de dez para sete dias o prazo do isolamento obrigatório para pessoas infectadas com a covid-19 com o esquema vacinal completo, informou a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, nesta quarta-feira (29).

A medida foi adotada em meio a um forte aumento dos casos positivos de covid-19 desde o início de dezembro, com a chegada da variante ômicron ao país sul-americano e sem que o governo contemple até agora aplicar medidas sanitárias restritivas.

“A Argentina está entrando neste momento na terceira onda. Os casos estão aumentando, mas isso não está se traduzindo em mais hospitalizações e mortes”, destacou Vizzotti.

A Argentina registrou um recorde de contágios diários, ao somar 42.032 e 26 mortes, superando o recorde anterior de 41.020 casos contabilizados em 27 de maio passado. Naquele dia, porém, morreram 551 pessoas. Em comparação, foram registrados 5.000 casos em final de novembro.

“A dinâmica de transmissão mudou com a variante ômicron. Há um aumento exponencial de casos, mas isso não provoca um aumento das internações ou da mortalidade”, indicou.

Na terça-feira, o país registrou 33.902 novos casos de covid-19, contra os pouco mais de 5.000 reportados no final de novembro.

De acordo com as novas disposições, as pessoas que apresentarem resultados positivos de covid e que possuírem o esquema vacinal completo deverão permanecer sete dias isoladas. Já para as vacinadas que forem contatos próximos de um infectado, mas não apresentarem sintomas, o período será de cinco dias.

A ministra explicou que no contexto atual “a preocupação não é tanto o sistema de saúde, como foi antes, mas que haja um impacto econômico pelos isolamentos”.

O prazo da quarentena obrigatória será mantido em dez dias para infectados e contatos próximos que não possuírem as duas doses da vacina. Essas pessoas também deverão realizar um teste de PCR no final.

“As vacinas estão salvando vidas, estão mostrando o papel que têm, independentemente de termos um número significativo de casos”, destacou a ministra.

Há um ano, a Argentina começou sua campanha de vacinação contra a covid-19. Até agora, 73% de seus 44 milhões de habitantes completaram o esquema. Desses, 10% receberam uma terceira dose de reforço.

Nesta quarta-feira, o cruzeiro Viking Jupiter foi autorizado a atracar no porto de Ushuaia (sul), no qual viajam alguns passageiros infectados com covid que ficaram dentro da nave. No início de dezembro, o cruzeiro Hamburg foi isolado temporariamente em alto mar, devido ao receio de que houvesse algum caso da variante ômicron a bordo.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, a Argentina registra 5,5 milhões de infectados e mais de 117.000 mortes.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

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