Arrecadador da campanha eleitoral de presidente chilena é colocado em prisão domiciliar
O geógrafo Giorgio Martelli, um dos arrecadadores da campanha eleitoral da presidente Michelle Bachelet, foi colocado nesta segunda-feira em prisão domiciliar, ao final de uma audiência por “crimes fiscais”.
A medida foi adotada pelo juiz Luis Aviles, que determinou “medida cautelar de prisão domiciliar para o acusado Giorgio Martelli”, segundo o Poder Judiciário.
Martelli é acusado de crimes fiscais como parte de uma investigação sobre o pagamento ilegal de recursos pela mineradora Soquimich, controlada até recentemente pelo ex-genro do ex-ditador Augusto Pinochet (1973-1990).
A Procuradoria chilena acusa Martelli de usar uma empresa fantasma – Asesorías y Negocios – para receber e distribuir fundos para a campanha política de Bachelet, antes do prazo legal estipulado na lei.
O procurador federal Sabas Chahuán, que conduz a investigação, estimou em 245 milhões de pesos (cerca de US$ 355.000) o montante recebido por Martelli através de “contratos simulados” entre 2012 e 2013.
Os pagamentos teriam sido feitos antes de Bachelet oficializar sua intenção de concorrer novamente à presidência do Chile, em março de 2013.
As datas são importantes porque a legislação chilena permite a contribuição de empresas para as campanhas políticas apenas 90 dias antes das eleições. Neste caso, a partir de agosto de 2013.