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As reações à decisão americana de suspender financiamento da OMS

O presidente dos EUA, Donald Trump, fala durante uma reunião com pacientes que se recuperaram do novo coronavírus, COVID-19, na sala do gabinete da Casa Branca em Washington, DC, em 14 de abril de 2020 afp_tickers

Veja as principais reações à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de suspender a contribuição de seu país para a Organização Mundial da Saúde (OMS), que ele acusa de “má administração” e “encobrimento” na pandemia de COVID-19 por parte da China no final de 2019.

– OMS –

A “única preocupação” da OMS é ajudar a “salvar vidas” e “acabar com a pandemia de COVID-19”, tuitou o diretor-geral da agência da ONU, Tedros Adhanom Ghebreyesus, sem mencionar explicitamente a decisão americana.

– ONU –

Para o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, “não é hora de cortar fundos para as operações da OMS ou de qualquer outra agência humanitária que luta contra” o coronavírus e sempre haverá tempo para estudar mais “como reagiram todos os envolvidos na crise”.

– China –

A China expressou “profunda preocupação”, afirmando que a medida “enfraqueceria a capacidade da OMS e minaria a cooperação internacional contra a epidemia”.

Um porta-voz da diplomacia chinesa, Zhao Lijian, pediu aos Estados Unidos que “assumam seriamente suas responsabilidades e obrigações e apoiem ações internacionais contra a epidemia liderada pela OMS”.

– União Europeia –

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, “lamenta profundamente” a decisão dos EUA, dizendo que os esforços da OMS “são mais necessários do que nunca para ajudar a conter e reduzir a pandemia”.

“É apenas unindo forças que podemos superar essa crise sem fronteiras”, acrescentou.

– Alemanha –

Na luta contra a pandemia, “um dos melhores investimentos é fortalecer as Nações Unidas, em particular a OMS, que é subfinanciada, por exemplo, para o desenvolvimento e distribuição de testes e vacinas”, estimou no Twitter o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, acrescentando que “culpar não ajuda”.

– França –

A França “lamenta” a decisão americana, segundo a porta-voz do governo Sibeth Ndiaye. Paris espera “um retorno ao normal” para que a OMS possa continuar seu trabalho.

– Reino Unido –

A Grã-Bretanha “não tem planos de parar de financiar a OMS, que tem um papel importante na liderança da resposta global à saúde”, disse o porta-voz do primeiro-ministro Boris Johnson.

“É essencial que os países trabalhem juntos para combater essa ameaça comum”.

– Rússia –

A Rússia denunciou uma “abordagem muito egoísta” por parte dos Estados Unidos e a descreveu como “muito alarmante”.

– Bill Gates –

Bill Gates, um dos principais doadores privados da OMS por meio de sua fundação, considerou a decisão americana “perigosa (..) durante uma crise global de saúde”, dizendo que “se o trabalho (da OMS) for paralisado, nenhuma outra organização pode substituí-la, o mundo precisa da OMS”.

– União Africana –

Para o presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, a decisão americana é “profundamente lamentável”.

“Mais do que nunca, o mundo depende da capacidade de liderança da OMS para liderar a luta contra a pandemia de COVID-19”, acrescentou o diplomata.

bur/avz/lch/MR

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