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Autoridade chinesa admite que resposta lenta agravou epidemia

(30 jan) Médicos de hospital de Wuhan examinam radiografia de pulmão de paciente infectado pelo novo coronavírus afp_tickers

O atraso por parte do governo da cidade chinesa de Wuhan na resposta à descoberta do novo coronavírus agravou a epidemia – reconheceu nesta sexta-feira (31) o secretário municipal do Partido Comunista para Wuhan, Ma Guoqiang.

Esta localidade é o epicentro da atual crise.

Mais de 210 pessoas morreram, e quase 10 mil foram infectadas na China pelo novo coronavírus. Além disso, novos casos foram descobertos no exterior, com mais de 20 países afetados pela doença até o momento.

Nas redes sociais, as autoridades de Wuhan foram duramente criticadas pela população por sua demora em agir. Também foram acusadas de segurarem a informação sobre a infecção até o fim do ano passado, apesar de terem conhecimento da nova doença semanas antes.

“Agora, estou em estado de culpa, remorso e autorrecriminação”, afirmou Ma Guoqiang.

“Se as rígidas medidas de controle tivessem sido adotadas mais cedo, o resultado teria sido melhor do que agora”, admitiu ele, em entrevista à emissora de televisão estadual CCTV.

Wuhan e cidades próximas na província de Hubei foram isoladas em 23 de janeiro, com restrições de transporte e de circulação que afetam 56 milhões de pessoas.

Segundo Ma, medidas restritivas deveriam ter sido adotadas pelo menos dez dias antes.

“Acho que, se tivéssemos tomadas medidas como essa na época, a epidemia teria sido, de alguma forma, amenizada, e não teríamos chegado à situação atual”, completou.

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