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Bachelet pede solução urgente para crise na CIDH

A alta comissária dos Direitos Humanos da ONU, a chilena Michelle Bachelet afp_tickers

A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pediu nesta quinta-feira (27) uma resolução rápida para a crise desencadeada na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), cujo secretário-executivo, o brasileiro Paulo Abrão, não foi renovado para o cargo.

Abrão não foi renovado pelo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, diante de denúncias de irregularidades. Os sete membros da CIDH pediram, unanimemente, porém, a renovação de Abrão, cujo mandato acabou em 15 de agosto.

“Essa é uma situação muito prejudicial que corre o risco de minar a independência e a comprovada eficácia da CIDH”, disse Bachelet em comunicado.

A crise “também está prejudicando a reputação da OEA, portanto espero que o assunto se resolva logo”, pediu.

“A Comissão Interamericana é um órgão imparcial muito eficaz e de grande confiança, cujo trabalho é muito apreciado”, disse Bachelet.

“Proporcionou um recurso essencial às vítimas de violações dos direitos humanos nas Américas”, completou a ex-presidente chilena.

O presidente da CIDH, Joel Hernández, declarou à AFP que Abrão, um especialista brasileiro com ampla experiência em direitos humanos, “continua sendo” o secretário-executivo da organização.

Almagro lamentou, por sua vez, que a Comissão não tenha acelerado o processo de buscar um substituto, diante do que considera uma crise pelas diversas denúncias contra Abrão.

“Isso não deveria se tratar de uma questão de reputação pessoal, nem de lealdades políticas, nem de perda de prestígio”, pediu Bachelet em seu comunicado.

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