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Bolsonaro pode receber alta médica nos “próximos dias”

Imagem retirada da conta de Bolsonaro no Twitter mostra o presidente no hospital de Brasília afp_tickers

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro, internado em um hospital de São Paulo desde quarta-feira por uma obstrução intestinal, “continua evoluindo satisfatoriamente” e pode ter alta “nos próximos dias”, informaram seus médicos neste sábado(17).

“Durante o dia de hoje, será oferecida dieta cremosa não fermentativa. Se continuar havendo boa aceitação, a equipe médica assistente decidirá pela alta nos próximos dias”, afirmou o boletim emitido pelo hospital Vila Nova Star.

Bolsonaro, de 66 anos, foi internado de emergência em Brasília para investigar as causas da dor abdominal aguda e dos soluços persistentes, que já duravam mais de 10 dias. Posteriormente, seus médicos decidiram transferi-lo para São Paulo para novas avaliações.

Após a facada que recebeu no abdômen durante sua campanha presidencial em 2018, Bolsonaro passou por quatro cirurgias abdominais que criaram um quadro mais vulnerável a sofrer aderências no intestino, explicou o chefe da equipe médica, o cirurgião Antonio Macedo, em entrevista ao jornal O Globo.

Apesar de estar hospitalizado, Bolsonaro continua no comando do Executivo e muito ativo nas redes sociais, publicando fotos e mensagens nas quais, por exemplo, neste sábado atacou o ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal rival e favorito para as eleições de 2022.

“Não desistam do que é certo e do que é necessário fazer…”, escreveu Bolsonaro, retuitando um vídeo com imagens de Lula com o falecido líder cubano Fidel Castro, frases criticando o “sistema ditador comunista” e cenas de recentes protestos em Cuba contra o governo de Miguel Díaz-Canel.

“Se as gerações de hoje já pagam um alto preço … imaginem as que virão”, acrescentou Bolsonaro, que exibiu um vídeo postado pelo magnata Luciano Hang, um defensor ativo do governo de extrema direita.

O episódio de saúde do governante ocorre em um contexto de queda de sua popularidade e tensões políticas, com suspeitas de corrupção nos contratos negociados por seu governo para compra de vacinas para o combate à pandemia do coronavírus, que já deixou mais de 540 mil mortos no Brasil.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

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