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Brasil aprova uso definitivo da vacina da Pfizer contra a covid-19

(Arquivo) Paramédica exibe frasco da vacina Pfizer-BioNTech na cidade israelense de Beit Shemesh afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 23. fevereiro 2021 - 12:56
(AFP)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta terça-feira (23) o registro definitivo da vacina da Pfizer/BioNTech contra o coronavírus para poder comercializá-la e usá-la de forma generalizada, embora o imunizante ainda não esteja disponível no país.

Segundo a Anvisa, é o "primeiro registro de vacina contra a covid-19 de uso amplo nas Américas".

O Brasil realiza sua campanha de vacinação com a CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, e com a produzida pela Oxford/AstraZeneca, ambas aprovadas pela Anvisa apenas para uso emergencial em grupos prioritários.

A agência acrescentou que a vacina desenvolvida pelo laboratório americano Pfizer com a alemã BioNtech "teve sua segurança, qualidade e eficácia aferidas e atestadas".

"Esperamos que outras vacinas estejam, em breve, sendo avaliadas e aprovadas", completou o comunicado.

Esta autorização final permite o uso da vacina para toda população e a comercialização das doses.

A autorização de emergência se refere apenas à imunização de certos grupos definidos como prioritários.

A vacina Pfizer/BioNTech, a primeira aprovada contra a covid-19 no Ocidente, no final de 2020, está autorizada para uso emergencial nos Estados Unidos. Pode ser usada para toda a população, exceto para menores de 16 anos.

A aprovação do registro definitivo ocorre em um momento em que o Brasil, segundo país mais afetado pelo coronavírus com mais de 248.000 mortos, vive uma dramática segunda onda da pandemia, com uma média de mais de 1.000 mortos por dia há semanas e uma lenta campanha de vacinação.

- Negociações travadas -

O governo do presidente Jair Bolsonaro negocia desde o ano passado com a Pfizer a compra de dezenas de milhões de doses, mas as conversas estão travadas pela exigência de que o laboratório farmacêutico fique isento de responsabilidade a respeito de eventuais efeitos colaterais.

Em dezembro, Bolsonaro, um cético do coronavírus com uma gestão da pandemia muito questionada, tentou fazer piada com a cláusula, ao insinuar que a Pfizer não queria ser responsabilizada se a vacina transformasse as pessoas em "jacarés".

"Se você virar Super-Homem, se nascer barba em alguma mulher aí, ou algum homem começar a falar fino, eles (Pfizer) não têm nada a ver isso", afirmou o presidente.

Ao contrário do que ocorre com a CoronaVac e a vacina produzida pela Oxford/AstraZeneca, as negociações não incluem intercâmbio de tecnologia e, portanto, a vacina da Pfizer não poderá ser fabricada no Brasil.

O imunizante da Pfizer usa a tecnologia de RNA mensageiro e apresenta uma taxa de eficácia muito alta (95%) contra o coronavírus.

Está sendo usado em massa na Europa e nos Estados Unidos, após se tornar a primeira vacina aprovada contra a covid-19 no Ocidente, no final de 2020.

Mais de seis milhões de pessoas foram vacinadas até o momento no Brasil, o que corresponde a 2,8% dos 212 milhões de habitantes.

Embora seja reconhecido internacionalmente por sua capacidade de organizar campanhas de imunização em larga escala, o Brasil iniciou sua campanha há pouco mais de um mês, várias semanas depois dos Estados Unidos, de grande parte dos países europeus e dos vizinhos Argentina e Chile, por exemplo.

Devido à falta de doses em várias cidades, a imunização teve de ser interrompida.

Na semana passada, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o país terá mais de 230 milhões de doses até o final de julho.

Esta previsão depende, porém, tanto da importação das doses fabricadas no exterior, quanto do envio ao Brasil de insumos para produzir a vacina localmente.

O cálculo também inclui 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V e 20 milhões da indiana Covaxin, com cujos laboratórios o governo ainda não formalizou um acordo e que também não têm seu uso aprovado no país.

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