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Candidato do PSL ao governo de Roraima quer conter entrada de venezuelanos

Membros da tribo Warao, o segundo maior grupo indígena da Venezuela, descansam no abrigo Janokoida, em Pacaraima, Roraima, em 21 de agosto de 2018 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 18. outubro 2018 - 20:21 minutos
(AFP)

O candidato a governador do estado de Roraima pelo Partido Social Liberal (PSL), Antônio Denarium, afirmou nesta quinta-feira (18) que se for eleito buscará impor restrições à entrada de venezuelanos que fogem da crise em seu país.

Entre as medidas contempladas destaca-se a apresentação de "um atestado de vacinação e, também, um atestado de antecedentes criminais", detalhou Denarium, após se reunir no Rio de Janeiro com o candidato do seu partido à Presidência da República, Jair Bolsonaro, favorito nas pesquisas para o segundo turno, em 28 de outubro.

Denarium também aparece como o favorito na corrida eleitoral no seu estado após obter, no primeiro turno para o governo de Roraima, 42,27% dos votos, e disputará o segundo turno com José de Anchieta, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que alcançou 38,78%.

"A questão da imigração de venezuelanos para o Brasil é uma situação que nunca aconteceu antes. Os venezuelanos estão entrando no Brasil como refugiados, e como refugiados eles não têm restrições", declarou Denarium, que se referiu a Bolsonaro como se já estivesse eleito presidente.

"Temos que criar regras junto com o nosso presidente Jair Bolsonaro, restrições para a entrada e permanência dos venezuelanos no Brasil", assinalou.

"As medidas de restrições seriam: apresentação de passaporte, atestado de vacinação, e também atestado de antecedentes criminais, ou então um mecanismo para alterar a legislação atual, evitando que eles entrem da forma que está, sem nenhum controle", continuou.

Bolsonaro, que disputa o segundo turno com Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores, declarou em março que se chegasse ao poder poderia criar um campo de refugiados para os venezuelanos.

O Brasil recebeu mais de 100.000 cidadãos da Venezuela nos últimos três anos, a maioria pela fronteira terrestre de Roraima, que desde 2015 obteve 75.500 solicitações de regularização.

A presença dos venezuelanos em Roraima, cujo número supera a capacidade de resposta das autoridades, de ONGs e da ONU para acolhê-los, criou tensão com a população local. Em 18 de agosto, moradores de Pacaraima expulsaram violentamente 1.200 venezuelanos que ocupavam de forma irregular várias áreas dessa pequena cidade.

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