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Caso Assange ‘afetou’ a relação Equador-Reino Unido, diz chanceler

Chanceler do Ecuador José Valencia durante uma coletiva de imprensa em Quito, no dia 4 de julho de 2018 afp_tickers

O prolongado asilo diplomático ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, na embaixada equatoriana em Londres “afetou” a relação entre os dois governos, disse nesta segunda-feira (9) o chanceler José Valencia.

“Seria pouco real dizer que o tema Assange não afetou a relação com o Reino Unido. Sim, a afetou”, disse Valencia a uma rádio local.

Embora haja um distanciamento, “as relações tampouco chegaram ou se mantêm no ponto zero. Há contatos de índole diversa”, acrescentou o chanceler.

O asilo que Equador concede a Assange desde 2012 não impediu aproximações nos âmbitos policial, econômico e comercial, indicou o chefe da diplomacia equatoriana.

“Esperamos que quando, no futuro, o tema do senhor Assange possa ser solucionado felizmente para todas as partes, a relação com a Grã Bretanha vai se fortalecer ainda mais”, destacou Valencia.

Assange, de 46 anos, pediu asilo em 2012 na missão equatoriana em Londres para evitar ser entregue para a Suécia, que pedia sua extradição para que respondesse por supostos crimes sexuais, que ele nega.

O australiano, que nesse mesmo ano recebeu asilo do Equador, teme deixar a embaixada, ser detido e acabar extraditado para os Estados Unidos por ter divulgado informações oficiais sigilosas desse país.

A Justiça sueca arquivou a acusação de estupro, mas um tribunal de Londres rejeitou em fevereiro a anulação do mandado de prisão contra Assange, considerando que o australiano não respeitou as condições de sua liberdade sob fiança.

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