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Chanceleres de Colômbia e Venezuela abordarão crise fronteiriça

As ministras de Relações Exteriores Maria Ángela Holguín (D), da Colômbia, e Delcy Rodríguez, da Venezuela, em Cartagena, no dia 26 de agosto de 2015 afp_tickers

Colômbia e Venezuela celebrarão neste sábado, em Quito, uma reunião de chanceleres para falar sobre a crise fronteiriça e diplomática entre os dois países, como um “passo prévio a uma reunião” dos presidentes Juan Manuel Santos e Nicolás Maduro, anunciou o governo equatoriano nesta quinta-feira.

Maduro e Santos aceitaram “iniciar um diálogo entre seus chanceleres com o objetivo de tratar de temas sensíveis entre os dois países, como um passo prévio a uma reunião presidencial”, destacou o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, em coletiva de imprensa.

Os chefes de Estado, que chamaram para consultas seus embaixadores devido ao fechamento parcial da fronteira e da deportação de mais de mil colombianos determinada por Caracas, agendaram o encontro a pedido dos presidentes do Equador, Rafael Correa, e do Uruguai, Tabaré Vásquez.

O Equador ocupa a presidência pró-tempore da Comunidade de Estados Latino-americanos e do Caribe (Celac) e o Uruguai, a da União da Nações Sul-americanas (Unasul).

“O diálogo será celebrado aqui em Quito (…) As ministras de Relações Exteriores Maria Ángela Holguín, da Colômbia, e Delcy Rodríguez, da Venezuela, estarão acompanhadas nestes diálogos dos chanceleres de Uruguai e Equador”, comentou Patiño.

O chanceler equatoriano insistiu em que o encontro do próximo sábado será um “passo prévio” à qual se espera entre Santos e Maduro, que cruzaram duras declarações no âmbito da crise fronteiriça e diplomática.

“Para nós, esta é uma grande notícia em meio à situação que se estava vivendo, que os presidentes da Venezuela e da Colômbia tenham aceitado este convite cordial”, disse Patiño.

Os dois países, que compartilham uma fronteira de 2.219 km, estão mergulhados em uma crise que se iniciou em 19 de agosto, quando Caracas determinou o fechamento de parte da fronteira após u mataque contra militares venezuelanos que Maduro atribuiu a “paramilitares colombianos”.

Desde então, 20 mil colombianos, entre deportados e os que fugiram por medo de sê-lo, voltaram da Venezuela, segundo a ONU.

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