Chavismo apresenta no Supremo ação por ‘fraude’ em assinaturas para referendo
O governo venezuelano apresentou nesta segunda-feira ao Tribunal Supremo de Justiça uma demanda por “fraude” na coleta de assinaturas para ativar um referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro, informou um porta-voz do chefe de Estado.
“Viemos à Sala Constitucional do Tribunal Supremo de Justiça para introduzir uma demanda com amparo cautelar para que se cuidem os direitos constitucionais dos venezuelanos”, disse à imprensa Jorge Rodríguez, após entregar o recurso, cujo alcance se desconhece por enquanto.
Rodríguez, escolhido por Maduro para supervisionar o processo com o qual a oposição quer tirá-lo do poder, acrescentou que a ação busca evitar que se cometa uma fraude brutal, autorizando-se uma organização política a cumprir a etapa seguinte do revogatório.
No entanto, o porta-voz mostrou-se evasivo quando perguntado pelos jornalistas se a demanda abrange tudo na fase de coleta de assinaturas ou se pretende anular o processo de ativação da consulta.
“O que estamos procurando é que se defenda a Constituição. Esta armação que montaram (…) tentava criar um clima suficiente para que a explosão da violência”, respondeu Rodríguez.
Na sexta-feira passada, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) deu luz verde para que a oposição valide 1,3 milhão de assinaturas que este organismo certificou, do total de 1,8 milhão entregues no fim de abril para ativar o revogatório.
Para ativar a consulta exige-se a validação de 200 mil assinaturas, processo que consiste em que o interessado registre, ainda, sua impressão digital em uma máquina biométrica. Este requisito será cumprido entre 20 e 24 de junho.