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Chile descarta voto à distância para contaminados pela COVID-19 no plebiscito

O plebiscito no Chile é considerado o mais importante desde a implementação da democracia no país afp_tickers

O governo chileno descartou nesta quinta-feira (27) colocar em prática uma legislação especial para permitir o voto à distância para pessoas contaminadas pela COVID-19 durante o plebiscito de 25 de outubro, quando serão definidas possíveis mudanças na Constituição.

“Ir em frente com uma legislação para modificar aspectos substanciais de nosso sistema eleitoral a 60 ou 65 dias de um ato eleitoral é absolutamente inviável”, explicou Víctor Pérez, ministro do Interior do Chile.

O voto no Chile só pode ser feito presencialmente e as pessoas contaminadas pelo coronavírus são obrigadas a respeitar uma quarentena de 14 dias.

Para que possam votar, o presidente do Serviço Eleitoral chileno (Servel), Patricio Santamaría, propôs um projeto de lei que possibilitaria o voto à distância e pelo correio.

“O voto à distância, o voto por correio, não existe em nossa legislação e nunca existiu. Então, é preciso avaliar bem uma decisão como essa”, analisou Cristián Monckerberg, secretário-geral da Presidência.

Até esta quinta-feira, o Chile registra mais de 15.000 casos ativos de coronavírus no país.

A presidente do Senado, a opositora Adriana Muñoz, viu a necessidade de se buscar fórmulas para respeitar o direito ao voto das pessoas contaminadas, enquanto o ministro da Saúde, Enrique Paris, se disse contrário a colocar em risco pessoas saudáveis durante o plebiscito.

O próximo plebiscito é considerado a eleição mais importante em três décadas de democracia no Chile, ao apresentar pela primeira vez a possibilidade de mexer na atual Constituição, herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

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