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CIDH pede que Honduras esclareça mortes por violência pós-eleitoral

Membros da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (da esq para dir) Paulo Abrão, Antonia Urrejola, Luis Ernesto Vargas Silva, Esmeralda Arosamene, Joel Hernández e Flavia Piovesan em coletiva Tegucigalpa, em 3 de agosto de 2018. afp_tickers

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu nesta sexta-feira (3) a Honduras que esclareça o quanto antes os atos de repressão estatal ocorridos no contexto dos protestos após as eleições de novembro passado, que segundo apontou, deixaram pelo menos 22 mortos.

Além disso, convocou todos os setores a dialogar para superar a crise política, originada pela reeleição do presidente Juan Orlando Hernández em novembro de 2017 e considerada uma “fraude” pela oposição.

Ao concluir uma visita a Honduras para avaliar a situação humanitária, em particular após a violência pós-eleitoral, a CIDH, um ente autônomo da Organização de Estados Americanos (OEA), destacou nesta sexta-feira a persistência de um “clima político polarizado” no país.

“A CIDH pede ao Estado que avance nas investigações com a devida diligência requerida, a fim de identificar os responsáveis, julgá-los, e no caso, sancioná-los”, disse a Comissão em seu relatório preliminar.

A Comissão indicou também “um uso indiscriminado e desproporcional da força” na repressão dos protestos e questionou a participação de efetivos das Forças Armadas em tarefas policiais.

Além das 22 pessoas assassinadas, centenas ficaram feridas, incluindo agentes estatais, e mais de mil foram detidas e denunciaram maus tratos, disse em comunicado.

Um diálogo auspiciado pela ONU entre o governo e a oposição para resolver a situação foi frustrado no começo de julho por desacordos entre as partes.

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