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Colômbia descarta diálogo com ELN sem desarmamento na agenda

Humberto de la Calle, negociador-chefe do governo colombiano nos diálogos de paz com a guerrilha das Farc, em Havana, no dia 8 de maio de 2015 afp_tickers

O negociador-chefe do governo colombiano nos diálogos de paz com a guerrilha das Farc, Humberto de la Calle, descartou nesta quinta-feira a possibilidade de haver uma mesa de negociações paralela com o ELN sem que se contemple um desarmamento na agenda.

“Não é possível iniciar conversações públicas com o ELN se dentro da agenda não estiver a clara decisão de se discutir um cessar-fogo bilateral definitivo, o fim do conflito, o abandono das armas e a eliminação absoluta da combinação de lutas”, disse De la Calle no Congresso, onde falou sobre o processo de paz.

O governo, que mantém desde novembro de 2012 conversações de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), principal guerrilha do país, iniciou em janeiro do ano passado diálogos exploratórios com o Exército de Libertação Nacional (ELN), segundo grupo rebelde em atividade.

Estas conversações preliminares, que buscam estabelecer uma agenda para instalar negociações formais de paz, não permitiram ainda qualquer resultado concreto.

Esta semana, o presidente Juan Manuel Santos informou que os líderes das guerrilhas de esquerda Timoleón Jiménez (Farc) e Nicolás Rodríguez (ELN) se reuniram em Cuba com a intenção de “obter avanços na busca do fim do conflito armado”.

A Colômbia sofre há mais de meio século com um conflito armado que já deixou 220 mil mortos e seis milhões de deslocados.

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