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Copacabana Palace reabre depois de 4 meses sem atividades

Vista geral do hotel Copacabana Palace, em 2 de julho de 2014, no Rio de Janeiro afp_tickers

O Copacabana Palace, construção emblemática dos anos dourados no Rio de Janeiro, reabriu nesta quinta-feira (20) depois de quatro meses de portas fechadas – algo inédito em seus 97 anos de história – por causa da pandemia do novo coronavírus, informou o grupo hoteleiro Belmond.

O majestoso edifício art déco com vista para a praia de Copacabana voltou às atividades com o esforço de cumprir ao máximo as normas sanitárias, e com propostas para incentivar as reservas entre brasileiros, até mesmo cariocas, que queiram aproveitar um final de semana diferente na realidade da pandemia.

Desde de 10 de abril, quando deixou de receber hóspedes, apenas duas pessoas moravam no hotel, que tem 100 quartos e uma centena de suítes: a diretora-geral do Belmond Copacabana Palace, Andréa Natal, e o músico Jorge Ben Jor, morador desde 2018.

Para garantir a segurança dos seus hóspedes, “foram criadas regras de distanciamento social nas áreas de maior movimento, como piscinas e restaurantes”, ressaltou o grupo Belmond em nota.

Dos três restaurantes do complexo, apenas um estará funcionando no momento. Os outros dois devem reabrir em setembro.

Das quatro propostas sugeridas, uma é a hospedagem de 30 horas, “a opção perfeita para quem busca descanso e tranquilidade dentro da própria cidade”.

A assessoria de imprensa do grupo hoteleiro não informou os preços, mas em uma simulação de reserva on-line para o último fim de semana de agosto, as ofertas mais baixas começam em R$ 1.551 e chegam a R$ 9.249 por noite.

Um preço justificado tanto pelos seus serviços como pela mitologia ilustrada nas galerias de fotos de centenas de reis, escritores, músicos e artistas que animaram os seus dias e noites, como Rita Hayworth, Brigitte Bardot, Mick Jagger, Lady Di e Madonna.

A reabertura acontece em meio a incertezas sobre a normalização do cotidiano carioca e brasileiro.

A Prefeitura do Rio está idealizando um novo formato para a tradicional festa de Réveillon, que todos os anos atrai milhões de pessoas à Praia de Copacabana para assistir ao show dos fogos de artifício.

O famoso carnaval carioca, com suas magníficas escolas de samba e as multidões nos blocos de rua, também corre o risco de ser cancelado.

Até a última quarta-feira, o país registrou mais de 111.000 mortes e quase 3,5 milhões de casos do novo coronavírus.

O estado do Rio, com 17,3 milhões de habitantes, é um dos mais atingidos, com quase 15 mil mortes e 203 mil casos.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

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