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Correa agradece a Santos e Maduro por aceitarem reunião para tratar crise fronteiriça

O presidente equatoriano, Rafael Correa, participa de coletiva de imprensa, em Quito, no dia 15 de setembro de 2015 afp_tickers

O presidente de Equador, Rafael Correa, agradeceu neste sábado aos mandatários de Colômbia e Venezuela por atenderem “sem condições” a convocação da Unasul e da Celac de um encontro em Quito para tratar a crise diplomática e fronteiriça que levou à deportação de cerca de 1.500 colombianos.

Os governantes de Colômbia e Venezuela se reunirão na capital equatoriana na próxima segunda-feira a partir das 14H00 do horário local (19H00 GMT), na sede do governo do Equador.

“Nossa gratidão porque, apesar de cada um ter suas legítimas aspirações, legítimas exigências (…) o presidente (Juan Manuel) Santos, o presidente (Nicolás) Maduro atenderam sem condições e com muita gentileza ao convite”, disse Correa durante seu programa semanal de rádio e televisão.

O encontro foi organizado pelo presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, e Correa, que exercem as presidências pro tempore da União de Nações Su-americanas (Unasul) e da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), respectivamente.

Correa disse estar confiante de que depois da reunião “serão superados os problemas que surgiram na fronteira”.

A crise bilateral começou há um mês quando a Venezuela declarou estado de exceção e fechou pontos fronteiriços. Caracas justificou os fechamentos como uma medida para combater o paramilitarismo colombiano e o contrabando na fronteira, depois de um ataque a militares venezuelanos que deixou três feridos.

Desde então, foram deportados 1.532 colombianos e 18.377 retornaram a seu país com medo de serem expulsos, segundo o balanço mais recente da ONU.

O conflito bilateral escalou quando as duas chancelarias chamaram seus embaixadores para consultas e meio a acusações de direitos humanos dos afetados.

A Colômbia denunciou um “drama humanitário” na fronteira pela arbitrariedade com a qual os militares venezuelanos têm agido.

A tensão aumentou depois das reclamações Bogotá pela entrada de tropas venezuelanas em seu território na noite de sexta-feira e uma violação de seu espaço aéreo na semana passada, que foi negada por Caracas.

Equador e Uruguai promovem há vários dias a aproximação entre Colômbia e Venezuela. As chanceleres da Colômbia, María Ángela Holguín, e da Venezuela, Delcy Rodríguez, se reuniram há uma semana em Quito.

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