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Cruz Vermelha adverte que mais de 600 mil iemenitas podem contrair cólera em 2017

Iemenitas suspeitos de estarem infectados com cólera recebem tratamento em hospital de Sanaa, em 25 de maio de 2017 afp_tickers

Mais de 600.000 pessoas poderão contrair cólera neste ano no Iêmen, advertiu o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR) neste domingo, em um momento em que o sistema de saúde do país devastado pela guerra enfrenta o colapso.

Um em cada 45 iemenitas terá contraído a doença até o fim do ano como “consequência direta do conflito que devastou as infraestruturas e que destruiu todo o sistema de saúde”, disse o CICR em comunicado.

Mais de 370.000 pessoas ficaram doentes e 1.800 morreram desde abril na segunda epidemia de cólera no Iêmen em menos de um ano, segundo o CICR e a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A guerra no Iêmen, que tem como protagonistas as forças pró-governamentais, apoiadas por uma coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita, e os rebeldes xiitas huthis, com o apoio do Irã, deixou milhares de mortos e milhões de deslocados.

Vários portos importantes situados na costa do Mar Vermelho estão bloqueados, limitando assim o acesso a comida e medicamentos para milhões de pessoas.

Atualmente, menos da metade das instalações médicas está em operação.

Desde a intervenção da coalizão árabe em março de 2015, os combates deixaram mais de 8.000 mortos, em sua maioria civis, e 44.500 feridos.

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