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Curiosidades do centenário do Canal do Panamá

Um navio de carga passa por baixo da Ponte das Américas no Canal do Panamá, em 12 de agosto de 2014. afp_tickers

Em 1887, o depois célebre pintor francês Paul Gauguin passou cinco semanas no Panamá, onde quase morreu como operário na construção do Canal, e protagonizou incidentes como ao receber uma multa por urinar na rua.

Muitas curiosidades marcam a história do gigantesco Canal do Panamá, que, depois do fracasso dos franceses, foi construído pelos Estados Unidos e inaugurado há 100 anos, no dia 15 de agosto de 1914.

– O pintor pós-impressionista sofreu ao contrair disenteria e malária enquanto trabalhava nas obras do Canal. Ele se recuperou e seguiu para a Martinica. Teve um destino melhor que as milhares de pessoas que morreram na construção da via.

– O governo dos Estados Unidos utilizou na construção uma força de trabalho de 56.000 pessoas, sendo quase 30.000 das Antilhas. Outras dezenas de milhares teriam trabalhado na tentativa dos franceses.

– Durante a construção, mais de 27.000 trabalhadores morreram, principalmente de malária e febre amarela, e em acidentes: pelo menos 22.000 morreram no projeto francês e mais de 5.000 nas obras dos Estados Unidos.

– Os franceses acreditavam que as mortes eram provocadas por gases tóxicos liberados no trabalho de escavação, pois não conheciam na época a etiologia das duas doenças.

– O volume de terra escavado foi o triplo do registrado no Canal de Suez. O material retirado na construção equivale a 95 milhões de metros cúbicos, suficiente para construir uma réplica da Muralha da China de San Francisco até Nova York.

– O vapor Ancón foi o primeiro barco a atravessar o Canal do Panamá em 15 de agosto de 1914.

– O maior pedágio para atravessar o canal custou 317.142 dólares e foi pago pelo MSC Fabienne em 2008; o menor, de 36 centavos dólar, foi pago por Richard Halliburton por atravessar o canal a nado em 1928.

– Um barco que viaja de Nova York a San Francisco economiza 12.668 milhas utilizanso o Canal do Panamá, ao invés de contornar o Cabo de Hornos. Do porto equatoriano de Guayaquil a Nova York, a economia chega a 7.540 km.

– A maior carga foi transportada pelo navio Arco Texas em 1981, com 65.229 toneladas de petróleo.

– O tempo médio que uma embarcação leva para cruzar o canal é de 10 horas. A passagem mais rápida foi feita pelo Hydrofoil Pegasus da Marinha americana, em 2 horas e 41 minutos.

– Em 100 anos de operação, mais de um milhão de barcos atravessaram o canal.

Fonte: Autoridade do Canal do Panamá (ACP).

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