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Destruída na Colômbia fábrica de drogas sintéticas atribuída às Farc

(Arquivo) Base de cocaína em laboratório encontrado pelas forças armadas da Colômbia, em Puerto Concordia, no dia 25 de janeiro de 2011 afp_tickers

Uma fábrica de drogas sintéticas que, segundo o Exército da Colômbia, pertencia às Farc, foi destruída no fim de semana no sul do país, informaram autoridades militares, que qualificaram a operação de “um golpe muito importante” para as finanças desta guerrilha comunista.

Segundo um comunicado do Exército, o complexo, situado na zona rural do departamento (estado) de Putumayo, era administrado pela Frente 48 do Bloco Sul das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a principal e mais antiga guerrilha do país, atualmente em diálogos de paz com o governo.

A fábrica, composta de oito estruturas de madeira e plástico e com capacidade para 30 pessoas, tinha capacidade de produzir, por mês, três toneladas de cocaína de alta pureza, assim como drogas sintéticas, como o ecstasy, indicou o texto, divulgado nesta terça-feira.

“Isso equivale a 30 bilhões de pesos (11,7 milhões de dólares) mensais. É um golpe muito duro para a estrutura logística e financeira das Farc”, disse a jornalistas o general Alfonso Vaca, comandante da brigada de selva 27, encarregado das operações celebradas após três meses de trabalhos de inteligência.

Fontes militares informaram à AFP que esta é a primeira vez se encontra na região um laboratório de produção de drogas sintéticas das Farc.

“Com esta descoberta, fica em evidência a nova modalidade criminosa para obter finanças ilegais que este grupo terrorista está implementando. A facilidade para transportá-la por seu tamanho, a rentabilidade do negócio ilegal, bem como um novo mercado de drogas que se abriu, seriam algumas das razões para esta organização começar a incursionar no negócio ilegal da droga sintética”, destacou o comunicado.

Só por este conceito, a Frente 48, uma das que mais divisas gera para o Bloco Sul das Farc, segundo o Exército, estaria recebendo mensalmente cerca de 10 bilhões de pesos (3,9 milhões de dólares), acrescentou.

Segundo informações da inteligência militar, a droga era enviada para o cartel de Sinaloa, no México.

Principal produtor mundial de cocaína, ao lado do Peru, a Colômbia celebra desde novembro de 2012 negociações com as Farc para por um fim a mais de meio século de um conflito armado, que as duas partes reconhecem ser alimentado pelo narcotráfico.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

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