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Dois remédios contra ebola aumentam taxa de sobrevivência

Uma menina recebe uma vacina contra o ebola de uma enfermeira em Goma, República Democrática do Congo, em 7 de agosto de 2019 afp_tickers

Os cientistas estão um passo mais perto de uma cura para o ebola após terem descoberto que dois de quatro medicamentos utilizados em um ensaio clínico aumentaram significativamente as taxas de sobrevivência, disse nesta segunda-feira a autoridade de saúde dos Estados Unidos, que financia a pesquisa.

O estudo começou em novembro passado, na República Democrática do Congo, mas agora sua fase atual será interrompida e todos os futuros pacientes receberão os dois tratamentos que mostraram resultados positivos, disseram os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, sigla em inglês) em um comunicado.

“Os resultados preliminares em 499 participantes no estudo indicaram que as pessoas que receberam REGN-EB3 ou mAb114 [dois dos quatro medicamentos] apresentaram uma maior probabilidade de sobrevivência em comparação aos participantes que receberam os outros dois”, indicou.

Os pacientes que estavam recebendo os dois medicamentos que estão sendo descontinuados, ZMapp e remdesivir, agora terão a opção de receber os tratamentos que demonstraram funcionamento efetivo.

Os NIH acrescentaram que a análise final dos dados será feita no fim de setembro ou início de outubro, e que depois disso os resultados completos serão enviados para publicação em literatura médica revisada por pares.

Tanto os responsáveis americanos como as autoridades sanitárias da República Democrática do Congo e a Organização Mundial da Saúde (OMS) elogiaram a “equipe extraordinária de pessoas que trabalharam em condições extremamente difíceis para realizar este estudo”, assim como os pacientes e suas famílias.

“É através deste tipo de pesquisa rigorosa e de rápida implementação que podemos identificar rápida e definitivamente os melhores tratamentos e incorporá-los à resposta ao surto de ebola”, disseram.

Mais de 1.800 pessoas morreram no leste da República Democrática do Congo desde o início da epidemia de ebola, em agosto do ano passado.

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