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Empresário argentino próximo aos Kirchner é condenado a 12 anos de prisão

O empresário Lázaro Báez (E), e o ex-ministro de Planejamento, Julio De Vido (D), em 2019 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 24. fevereiro 2021 - 19:48
(AFP)

O empresário argentino Lázaro Báez, considerado alguém próximo aos ex-presidentes Néstor e Cristina Kirchner, foi condenado a 12 anos de prisão por lavagem de 55 milhões de dólares entre 2010 e 2013, anunciou o tribunal que o julgou nesta quarta-feira (24).

O tribunal determinou que os 55 milhões de dólares de origem ilícita foram transferidos para contas em paraísos fiscais, depois utilizados para a compra de títulos do tesouro argentino e posteriormente depositados nas contas da empresa Austral Construcciones, de propriedade de Báez, na Argentina.

Junto com o empresário, também foram condenados seus filhos Martín Báez, a nove anos de prisão, Leandro Báez, a cinco, e Luciana e Melina Báez, a três com sursis, segundo a leitura da sentença.

Ao todo, 22 pessoas foram condenadas pelo caso e três foram absolvidas. A sentença permite recurso.

Báez, de 64 anos, está preso desde 2016, tempo que será descontado da pena. Em setembro passado, ele obteve o benefício da prisão domiciliar, por meio de uma tornozeleira eletrônica, em atenção a seus problemas de saúde em virtude da pandemia do coronavírus.

O empresário cumpre a prisão domiciliar em um local que mantém em sigilo, depois de uma tentativa de transferi-lo à sua residência em Buenos Aires fracassou por protestos dos vizinhos.

O Tribunal oral Federal 4 de Buenos Aires estabeleceu também nesta quarta-feira que deverão ser apreendidos mais de 65 milhões de dólares uma vez que a sentença for definitiva.

O montante corresponde a vários atos de lavagem de dinheiro.

- "Perseguição sistemática" -

Em sua última fala durante o julgamento, em 30 de dezembro passado, Báez se disse vítima de uma "perseguição sistemática do poder político, da imprensa e de grande parte do poder judiciário".

Ex-caixa de banco, Báez criou um império empresarial em Santa Cruz (2.500 quilômetros ao sul de Buenos Aires), onde venceu licitações de petróleo e obras públicas durante as presidências do falecido Néstor Kirchner (2003-2007) e Cristina Kirchner (2007-2015). A ex-presidente nega ter tido relação de amizade com o empresário.

A atual vice-presidente Cristina Kirchner é acusada em outro julgamento de favorecer Báez na adjudicação de 51 obras rodoviárias na província de Santa Cruz durante seu governo. Há também um debate sobre suposto superfaturamento e quebra de contrato nessas concessões.

Cristina Kirchner, de 68 anos, e que também denunciou ser vítima de perseguição judicial, é processada em nove casos por suspeita de corrupção durante sua Presidência.

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