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Entre alívio e preocupação, europeus voltam a se vacinar com AstraZeneca

Frascos da vacina anticovid da AstraZeneca afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 19. março 2021 - 19:11
(AFP)

Aliviados e preocupados, os europeus voltaram nesta sexta-feira (19) a se vacinar com o produto da AstraZeneca contra o coronavírus, depois de vários dias de interrupção pelas preocupações com os casos detectados de trombose.

Em Roma, dezenas de pessoas fizeram fila no início da tarde pare receber a vacina.

"Meu medo era não conseguir ser vacinado", declarou à AFP Roberto, professor de 58 anos, após receber uma primeira dose.

Sua colega Valentina, de 42 anos, estava menos empolgada: "Sim, estou um pouco nervosa, é evidente, mas o que se pode fazer?", questionou ela, lamentando não poder escolher outra vacina.

Cerca de quinze países suspenderam o uso da vacina da AstraZeneca por causa dos efeitos colaterais, mas na quinta-feira a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) a considerou "segura e eficaz", em um contexto no qual as campanhas de imunização caminham lentamente devido à escassez das doses na Europa.

Os primeiros a retomar o processo de vacinação foram, entre outros, Itália, França e Alemanha, enquanto outros países voltarão a usar o produto na próxima semana, especialmente Espanha, Portugal e Holanda.

Na França, o chefe de governo Jean Castex deu o exemplo nesta sexta ao receber a primeira dose da AstraZeneca.

- "Difícil retomar o ritmo" -

"Francamente, não vou tomar, não tenho confiança", afirmou por outro lado Serena Chérif, parisiense que não está convencida com o exemplo de Castex. "Proibiram a vacina e voltaram a autorizar, então existe um problema (...). Não vou tomar".

Hélène Merino disse que "será muito difícil retomar o ritmo, ou dar confiança para as pessoas. Uma boa parte delas resistirá. Espero que não, mas será assim".

Na Espanha, as reações foram variadas.

"Quando vi as notícias, fiquei muito nervosa. Vou tomar a segunda dose porque o dano já está feito, mas é claro que estou preocupada com as consequências que pode ter sobre o meu corpo a longo prazo", declarou Laura, de 28 anos, funcionária penitenciária que recebeu uma primeira dose no início de março.

Já Marta Estrada, uma psicóloga de 28 anos, recebeu uma primeira injeção em meados do mês e não está "preocupada com nada". "As pessoas não precisam se preocupar com tudo isso. Um caso isolado não quer dizer que vai acontecer com você".

Na Itália, 7,4 milhões de doses já foram administradas, mas somente 2,3 milhões de pessoas receberam as duas doses necessárias para serem protegidas.

Na Alemanha, as pessoas entrevistadas pela AFP tinham sua opinião muito esclarecida.

"No início, estava um pouco cético. Mas me disseram que não precisava me preocupar, que todas as análises foram feitas. Portanto, agora isso não me preocupa. Todos os meus colegas já foram vacinados antes e não tiveram nenhum problema. Tudo correu bem", afirma Jamie Tissler, de 20 anos.

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