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Epidemia de cólera deixa 39 mortos no Sudão do Sul

Centro de tratamento da Médicos sem Fronteiras para pacientes com cólera, na cidade de Juba afp_tickers

Ao menos 39 pessoas morreram em uma epidemia de cólera que faz estragos no Sudão do Sul há um mês e que se propagou a outro estado deste país em guerra, afirmou nesta terça-feira a OMS.

No total foram diagnosticados “1.212 casos de cólera”, dos quais “39 fatais”, segundo números da Organização Mundial de Saúde, que informa que a epidemia se estendeu da capital, Juba, ao estado vizinho de Jonglei, muito afetado pela guerra civil travada no país há um ano e meio.

O ministério da Saúde sul-sudanês declarou oficialmente a epidemia no dia 23 de junho, embora o primeiro caso tenha sido diagnosticado em um acampamento das Nações Unidas da capital em 18 de maio. Estas bases servem de refúgio a mais de 166.000 sul-sudaneses que fogem dos combates.

A maioria dos casos seguem localizados nas imediações de Juba e uma morte foi registrada em Bor, a capital do estado de Jonglei, uma cidade sob controle do governo, mas completamente em ruínas depois de ter mudado de mãos várias vezes durante a guerra.

Os esforços para frear a cólera tropeçam em uma inflação galopante e na “má situação econômica”, estima o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

“Muita gente não pode nem mesmo comprar água potável” e a bebe diretamente do Nilo, diz o OCHA.

A cólera é uma infecção diarreica aguda provocada pela ingestão de alimentos ou de água contaminada por um vibrião que pode provocar a morte em algumas horas na ausência de tratamento. Propaga-se facilmente, sobretudo nas zonas sem infraestruturas básicas.

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