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Equador: Conselho Eleitoral reconhece Moreno como presidente do partido governista

(Arquivo) O presidente do Equador, Lenin Moreno afp_tickers

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador reconheceu o presidente Lenín Moreno como principal líder do partido governista Aliança País (AP), cargo que lhe havia sido retirado pela direção do partido em meio a uma crise política.

O CNE confirmou a sentença do Tribunal de Garantias Penais de Quito a respeito da decisão da direção nacional da AP anunciada em 31 de outubro.

A decisão afirma “não proceder qualquer nomeação de presidente” da AP porque não foi eleito pela Convenção Nacional do movimento.

“Com esta sentença, o Tribunal decidiu a favor do cidadão Lenín Moreno Garcés em sua condição do presidente do movimento Aliança País”, destacou o Conselho.

Há duas semanas, a AP consumou sua ruptura depois que a cúpula do partido, ligada ao ex-presidente Rafael Correa, destituiu Moreno da liderança do partido – que governa o país desde 2007 -, uma medida que não foi reconhecido pelos ministros do atual presidente.

A direção nacional da AP anunciou “a perda imediata da condição de presidente do Movimento Aliança País do senhor Lenín Moreno Garcés” e convidou Correa (2007-2017), presidente vitalício do partido, a acompanhar o processo de “reestruturação”.

O movimento esquerdista, profundamente dividido entre os simpatizantes de Correa e Moreno desde que o último assumiu o poder em 24 de maio, acusou o presidente de governar com o programa da oposição e de atentar contra “a unidade orgânica” do partido.

A AP nomeou para o lugar de Moreno o ex-chanceler Ricardo Patiño, que foi uma figura importante no governo de Correa.

A disputa entre Moreno e Correa, com frequentes trocas de acusações e insultos nas redes sociais, aumentou à medida que o presidente passou a criticar a gestão do antecessor, de quem foi vice-presidente entre 2007 e 2013.

Os governistas ficaram à beira da ruptura quando Moreno anunciou há algumas semanas uma consulta popular, que ainda não tem data, para suprimir a reeleição indefinida aprovada pelo governo do ex-presidente, com o objetivo de evitar o retorno de Correa ao poder.

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