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Equador amplia estado de exceção para seis províncias

Indígenas chegam a Cutuglagua, antes de saírem em passeata para o parque El Arbolito, em Quito afp_tickers

O governo do Equador decidiu nesta segunda-feira (20) ampliar o estado de exceção de três para seis províncias, devido à violência registrada durante os protestos de indígenas, que já duram oito dias, informou a presidência.

O presidente conservador Guillermo Lasso, que decretou a medida a partir do último sábado para as províncias de Pichincha (cuja capital é Quito), Cotopaxi e Imbabura, estendeu a mesma para Chimborazo, Tungurahua e Pastaza, informou o governo.

“Com esta decisão, protege-se o bem-estar dos cidadãos contra a violência. Ao mesmo tempo, resguarda-se os direitos de quem se manifesta pacificamente”, acrescentou.

A opositora Confederação das Nacionalidades Indígenas (Conaie) realiza há uma semana protestos com bloqueios de estradas e manifestações nas cidades, reivindicando a redução dos preços dos combustíveis.

Para dialogar, o movimento – que já participou de revoltas que derrubaram três presidentes entre 1997 e 2005 – exige que Lasso atenda a uma lista com 10 demandas, como fixar o preço do galão de diesel em 1,50 dólar e o da gasolina comum em 2,10 dólares.

Em quase um ano, o diesel subiu 90% (a 1,90 dólar) e a gasolina, 46% (a 2,55 dólares). Desde outubro do ano passado, os preços estão congelados pela pressão social.

O fechamento intermitente de vias se espalhou para mais da metade das 24 províncias, de acordo com o serviço de segurança estatal ECU911.

As manifestações geraram confrontos com a força pública, deixando 63 agentes feridos e 21 pessoas detidas e liberadas, segundo a polícia.

A Aliança de Organizações para os Direitos Humanos relatou, por sua vez, 79 detidos e 55 civis feridos.

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