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EUA doará à América Latina 14 milhões de doses de vacinas anticovid por meio do Covax

Nesta foto de arquivo tirada em 14 de maio de 2021, um profissional de saúde prepara uma dose da vacina contra o coronavírus Pfizer / BioNTech em uma clínica móvel de vacinação em Los Angeles. afp_tickers

Os Estados Unidos vão doar mais 14 milhões de doses de vacinas anticovid à América Latina e Caribe por meio do programa Covax, promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), informou nesta segunda-feira (21) o governo de Joe Biden.

Brasil, Argentina, Colômbia, Peru, Equador, Paraguai, Bolívia, Uruguai, Guatemala, El Salvador, Honduras, Haiti, países da Comunidade do Caribe (CARICOM), República Dominicana, Panamá e Costa Rica receberão imunizações neste âmbito, segundo a uma declaração que os lista nessa ordem.

A Casa Branca identificou os países para os quais os Estados Unidos enviarão cerca de 55 milhões de doses da vacina da covid-19, a maior parte de uma doação de 80 milhões de doses prometida até o final de junho.

Setenta e cinco por cento desses 55 milhões (ou seja, 41 milhões) serão distribuídos por meio do Covax, um mecanismo criado para garantir a distribuição equitativa de vacinas anticovid em todo o mundo.

Além das doses que irão para América Latina e Caribe, cerca de 16 milhões foram destinadas à Ásia e em torno de 10 milhões à África.

Os 25% restantes dos 55 milhões (14 milhões de doses) serão distribuídos diretamente para “prioridades regionais e outros beneficiários”, disse a Casa Branca.

Os países latino-americanos e caribenhos nesta categoria são Colômbia, Argentina, Haiti, países da CARICOM, República Dominicana, Costa Rica e Panamá.

A Casa Branca não especificou a quantidade de vacinas que cada país receberá das doses enviadas pelo Covax à região, nem as enviadas diretamente.

No início de junho, o governo já havia dado detalhes da distribuição das primeiras 25 milhões das 80 milhões de doses prometidas. Em seguida, disse que seis milhões seriam para a América Latina e o Caribe por meio do Covax, enquanto o México e o Haiti estavam entre os beneficiários diretos.

A primeira parcela incluiu as vacinas da Johnson&Johnson, Moderna e Pfizer/BioNTech, mas a Casa Branca não informou quais estariam nesta segunda parcela.

Biden também anunciou dias atrás a compra de 500 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech pelos Estados Unidos a fim de doá-las a outros países deste verão boreal até junho de 2022.

“Nossas metas são aumentar a cobertura mundial da vacinação contra a covid-19, nos prepararmos para surtos repentinos da epidemia e priorizar profissionais de saúde e outras populações vulneráveis (…) e ajudar nossos vizinhos e outros países necessitados”, informou a Casa Branca.

“Os Estados Unidos não usarão suas vacinas para obter favores de outros países”, reiterou.

Enquanto a vacinação contra a covid se generaliza nos países ricos, facilitando o retorno à normalidade, os casos estão aumentando em grande parte do mundo, principalmente na América do Sul e na África.

Menos de 1% das doses das vacinas contra o coronavírus em todo o mundo foram administradas a pessoas em países de baixa renda.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

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